Você vai caminhar pela histórica Trilha Nakasendo do Japão, de Magome a Tsumago, com um guia local, explorando vilarejos da era Edo e paisagens de montanha. Prepare-se para histórias de samurais, almoço tradicional japonês, cachoeiras escondidas na sombra da floresta e cenas do dia a dia em cidades preservadas — momentos que ficam muito depois de tirar as botas.
Confesso que me inscrevi para a caminhada no Vale de Kiso principalmente porque vi uma foto daquelas casas de madeira em Magome e pensei: “Quero caminhar por ali.” Mas, ao chegar na estação de Nakatsugawa naquela manhã e ver nosso pequeno grupo reunido em volta da guia (ela se chamava Aki — tinha um jeito calmo de explicar as coisas), senti algo diferente. Talvez fosse o ar fresco ou só o frio na barriga. De qualquer forma, quando pegamos o ônibus para Magome-Juku, eu já estava espiando pela janela, ansioso para ver aquelas famosas casas nas colinas.
Magome é mais íngreme do que eu imaginava — minhas pernas sentiram na hora. As paredes de pedra que sustentam as pousadas impressionam, mas o que realmente me marcou foi o som: tamancos de madeira batendo nas pedras antigas, alguém varrendo a porta, pássaros ao longe. Aki apontou para o Monte Ena lá no fundo e contou histórias de samurais que passaram por ali. Ela riu quando tentei pronunciar “Nakasendo” direito (ainda não tenho certeza se acertei). Paramos num mirante a 801 metros de altitude e, sinceramente, aquela vista ficou gravada na minha mente. Tem algo em olhar para aqueles telhados de cerâmica lá embaixo que parece que você entrou numa pintura.
A trilha entre Magome e Tsumago é mais silenciosa do que eu esperava. Em certo trecho, passamos pelas cachoeiras Odaki e Medaki — o ar ficou mais fresco e com cheiro de musgo e cedro. Aki contou sobre Musashi e Otsu, personagens de um romance antigo; não peguei todos os detalhes, mas isso fez eu olhar para a água de um jeito diferente. O almoço foi uma surpresa — uma refeição simples com picles e arroz num lugarzinho local. A dona fez uma reverência tão profunda que minha amiga quase deixou os hashis caírem tentando retribuir.
Tsumago parece uma viagem no tempo, mas com gente vivendo de verdade — crianças correndo perto dos santuários, alguém pendurando roupa atrás de uma pousada centenária. Andamos pelas ruas cheias de prédios Honjin e Waki-Honjin; Aki explicou que até o imperador Meiji já ficou por ali (imagine só). O museu dentro de uma dessas casas antigas tinha um cheiro leve de madeira de cipreste — meio forte, mas também acolhedor. Quando chegamos na estação de Nagiso, meus pés estavam cansados, mas a cabeça estranhamente leve. É difícil explicar por que essa caminhada de um dia entre Magome e Tsumago fica na memória — mas fica.
A trilha Nakasendo entre Magome e Tsumago tem cerca de 8 quilômetros.
Sim, o passeio inclui um almoço tradicional japonês com especialidades da região.
O passeio começa na entrada da estação Nakatsugawa às 9h da manhã.
Sim, o grupo é acompanhado por um guia que fala inglês durante todo o passeio.
A trilha tem subidas íngremes em Magome-Juku e caminhos pela floresta; algumas partes são irregulares ou com aclives.
Sim, o bilhete de ônibus de Nakatsugawa até Magome-Juku está incluído no passeio.
Não, o passeio não é recomendado para quem tem problemas na coluna ou condições cardiovasculares devido ao esforço físico.
O seu dia inclui encontro com o guia que fala inglês na estação Nakatsugawa, transporte de ônibus até Magome-Juku, entradas para museus ao longo da rota e um almoço tradicional japonês antes de finalizar na estação Nagiso à tarde.
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