Entre nos jardins do Palácio Imperial de Tóquio com um guia local e passeie pelas lojas centenárias de Nihonbashi. Prove caldo dashi fresquinho, veja o nori sendo torrado, faça seu próprio papel washi e termine com uma degustação de saquê — momentos que vão ficar na memória muito depois de sair de Tóquio.
Ainda tentando me acostumar com o barulho da cidade, entramos sob aqueles antigos gingkos perto do Palácio Imperial. Nossa guia, Yuki, tinha um jeito de fazer pausas para que a gente não só descansasse os pés, mas também a cabeça. O fosso parecia quase preto na luz da manhã, e corvos cantavam de algum lugar atrás dos pinheiros. Já tinha visto fotos da ponte Nijubashi, mas estar ali, com a pedra tão perto que dava para ver o musgo nas rachaduras... tinha um peso diferente. Não podíamos entrar no palácio (isso é só para imperadores), mas Yuki contou histórias de shoguns e samurais que faziam parecer que algo ainda ecoava por aquelas paredes.
Ao passar pelo Portão Otemon para os Jardins do Leste, pensei em quantas pessoas já passaram por ali — algumas nervosas, outras guardas entediadas no turno. As camélias estavam floridas, destacando-se no cinza das pedras. Tentei imaginar como era o Castelo Edo antes de grande parte desaparecer; Yuki apontou onde as fundações ainda aparecem entre a grama. Em um ponto dava para ouvir água correndo, embora estivesse escondida — um silêncio gostoso, mesmo com alguns grupos de turistas passando.
Deixamos o palácio para trás e seguimos para Nihonbashi. O movimento ali é diferente de Shibuya ou Ginza — mais gente de terno do que turistas, com lojinhas escondidas embaixo dos prédios de escritório. No Ninben, nos serviram copinhos de caldo dashi que cheirava a mar e madeira antiga; queimei a língua porque fiquei impaciente (valeu a pena). No Yamamoto Nori, o cara torrava algas nori na nossa frente — ele sorriu quando tentei dizer “arigatou” com a boca cheia. Tem algo em ver alguém fazendo seu ofício de verdade que faz a gente querer desacelerar.
A próxima parada foi na Kiya, loja de facas — centenas de lâminas alinhadas atrás do vidro, cada uma parecendo afiada o suficiente para cortar até o tempo (não toquei em nenhuma). Depois, na Ozu Washi, fizemos nossa própria folha de papel washi, com as mãos molhadas e atrapalhadas, fibras grudando em tudo. É mais grosso que o papel ocidental e parece quase vivo quando você segura contra a luz. A última parada foi no Toyama-kan para degustar saquê; não sou muito de beber, mas até eu percebi a diferença entre as amostras — cheiro doce de arroz, seguido de um toque forte no final. Rimos bastante ali; talvez fosse o saquê ou só a companhia depois de tanto andar.
Não, visitantes não podem entrar no Palácio Imperial; o tour inclui os Jardins do Leste e áreas externas.
Não há almoço completo, mas você vai provar caldo dashi e saquê durante as paradas em Nihonbashi.
A caminhada do palácio até Nihonbashi é curta; ambos ficam no centro de Tóquio.
Você visita lojas históricas, como uma de caldo dashi, produtora de nori, loja de facas, papelaria de washi e ainda degusta saquê no Toyama-kan.
Sim, o passeio é adequado para todos os níveis de preparo físico; bebês devem ficar no colo de um adulto durante os trechos de transporte.
Sim, o guia é credenciado nacionalmente e faz interpretação em inglês.
Sim, a entrada nos Jardins do Leste do Palácio Imperial está incluída.
Sim, várias paradas são em lojas tradicionais onde você pode comprar se quiser.
Seu dia inclui entrada nos Jardins do Leste do Palácio Imperial de Tóquio com um guia intérprete credenciado; degustações de caldo dashi fresquinho e saquê japonês; experiências práticas como fazer sua própria folha de papel washi; além de tempo para explorar lojas históricas em Nihonbashi antes de voltar à vida moderna de Tóquio.
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