Você pega um trem rápido de Roma para Frascati, caminha entre vinhas antigas, degusta vinhos DOCG direto da adega (com histórias no porão), prova biscotti fresquinho e porchetta nas lojinhas da cidade, e ainda aproveita um almoço com mais vinho local antes de voltar. É uma experiência acolhedora, verdadeira, que deixa vontade de repetir.
Já se perguntou se o vinho realmente tem um sabor diferente quando você está no lugar onde as uvas cresceram? Foi isso que pensei enquanto o trem deixava Roma rumo a Frascati — menos de uma hora de viagem, mas parecia que havíamos entrado em outro ritmo. O ar estava mais fresco quando descemos na estação pequenininha, e um senhorzinho acenava com uma placa “Old Frascati” — era o Marco, nosso guia. Ele falava de um jeito tão natural que eu quase esquecia que estávamos em um passeio. Começamos com um passeio pela cidade — ele mostrou uma padaria que existe desde antes de Napoleão (acho que ele estava meio brincando), e nos deu biscotti ainda quentinhos, com um leve sabor de amêndoas e fumaça do forno antigo.
A vinícola ficava logo na saída da cidade — colinas suaves, parreiras alinhadas, oliveiras espalhadas como se sempre tivessem estado ali. A família que cuida do lugar produz vinho há gerações; a filha deles nos guiou e contou histórias sobre as cavernas sob a casa. É impressionante pensar que aquelas cavernas abrigaram famílias durante a Segunda Guerra, hoje são só frescas, úmidas e cheias de barris. A degustação foi sincera — três vinhos: Frascati Superiore (fresco, quase salgado), um tinto chamado Vagnolo (mais encorpado do que eu esperava) e um doce Cannellino que acho que abusei um pouco. Também provamos o azeite deles, com pão que absorvia tudo tão rápido que mal consegui sentir o sabor.
O almoço foi de volta em Frascati, num lugarzinho que o Marco recomendava — fatias generosas de porchetta com aquela crosta apimentada, queijos romanos que eu não conseguia nem pronunciar (a Li riu quando tentei), uma massa simples, mas que depois de tanto vinho ganhou outro sabor. Teve mais vinho no almoço — pra ser sincero, já não sabia mais qual garrafa era qual. Depois, caminhamos pelas ruas estreitas; os lojistas acenavam ou sorriam como se o Marco trouxesse gente toda semana (talvez ele traga mesmo). Minha cabeça estava meio zonza, mas de um jeito bom — não só pelo vinho, mas por estar num lugar que não te pressiona.
Fico pensando em como Frascati é tão perto de Roma, mas no fim do dia parecia tão distante. Se você busca algo super sofisticado ou um segredo escondido... bem, não é bem isso. Mas se quer provar vinho direto da fonte, comer coisas que não sabe nem o nome e talvez levar umas brincadeiras do guia pelo seu italiano — esse bate-volta de Roma a Frascati vale muito a pena.
Você pega o trem das 9h49 na estação Roma Termini direto para Frascati; os bilhetes são fáceis de comprar na estação.
Sim, o guia vai te esperar na saída da estação com uma placa “Old Frascati”.
Você vai provar três vinhos: Frascati Superiore DOCG branco, Vagnolo IGP tinto e o doce Cannellino.
Sim, depois da degustação você terá um almoço completo num restaurante escolhido em Frascati, com pratos regionais e mais vinho.
Se avisar antes sobre restrições alimentares ou alergias, eles adaptam o cardápio para você.
A experiência ocupa quase o dia todo; depois do almoço dá para passear um pouco antes de pegar o trem de volta para Roma.
Sim, há tempo livre para comprar algo depois da degustação, caso queira levar para casa.
Não, por causa dos caminhos a pé e do transporte usado, não é adequado para cadeiras de rodas ou scooters.
Seu dia inclui ida e volta de trem de Roma Termini a Frascati com recepção na estação, passeios guiados por lojas e padarias históricas para provar delícias (como biscotti fresquinho e porchetta), transporte até uma vinícola familiar para visitar as adegas e degustar três vinhos locais mais azeite com pão, seguido de um almoço completo com pratos típicos romanos e mais vinho, antes de voltar de trem à tarde.
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