Você vai caminhar de Lukla pelos vilarejos Sherpa, rir com seu guia tomando chá quente, entrar em silêncio no antigo Mosteiro Tengboche e, finalmente, pisar no Acampamento Base do Everest. Espere refeições simples que parecem um banquete após longas subidas, noites em tea houses e momentos em que até sua respiração parece nova. Não é só chegar no Everest — é tudo que acontece no caminho.
A primeira coisa que me marcou ao chegar em Lukla foi o cheiro — um ar frio, cortante, quase metálico, misturado com um toque terroso vindo das lojinhas ao longo do caminho. Nosso guia, Pemba, só sorria pra mim (provavelmente parecia que eu nunca tinha visto uma montanha de perto). Partimos passando por crianças com jaquetas coloridas correndo atrás de iaques. A trilha serpenteava por florestas de pinheiros e, de repente, Namche Bazaar surgiu lá embaixo, um amontoado de cores com bandeiras de oração balançando como se competissem entre si. Lembro do barulho das minhas botas no cascalho e do silêncio que caía toda vez que dobrávamos uma curva, longe das conversas.
Não esperava me sentir tão pequeno andando sob aqueles picos — você vê fotos do Everest, mas estar lá é outra história. No Mosteiro Tengboche, monges entoavam cânticos lá dentro enquanto ficávamos do lado de fora recuperando o fôlego (literal e emocionalmente). Pemba nos mostrou como girar as rodas de oração; tentei dizer “obrigado” em nepalês e ele riu — mereci. Os almoços eram simples — dal bhat ou macarrão — mas depois de horas de caminhada, tinham um sabor que nenhum prato sofisticado em casa superava. Uma tarde começou a nevar quando chegamos a uma tea house; tudo ficou silencioso, só o som das botas batendo no chão de madeira.
O dia em que chegamos ao Acampamento Base do Everest é uma mistura de bochechas queimadas pelo vento e high-fives com estranhos que já pareciam velhos amigos. Há um silêncio estranho lá em cima — não um silêncio total, mas uma calma que fica entre as pessoas quando todas estão olhando para algo maior que elas mesmas. Na descida, paramos num morro cheio de pequenos memoriais para alpinistas que não voltaram. Aquilo ficou comigo mais do que imaginei.
Ainda me pego lembrando da luz deslizando sobre o Ama Dablam de manhã cedo ou do frio nas mãos tentando tirar fotos perto do Kalapathar (vale cada segundo). Se você está pensando em fazer o trekking ao Acampamento Base do Everest saindo de Lukla, saiba que não é sobre conquistar montanhas, mas sobre deixar que elas te transformem um pouco. Até hoje não sei se minhas pernas me perdoaram.
O trekking costuma durar 12 dias ida e volta desde Lukla, incluindo paradas para aclimatação.
Sim, o traslado do aeroporto doméstico está incluído na sua reserva.
Sim, café da manhã, almoço e jantar são oferecidos nos dias de caminhada.
Você ficará em tea houses simples durante 11 noites ao longo da trilha.
Sim, é necessário bom condicionamento físico devido à altitude e duração da caminhada.
Sim, um guia licenciado que fala inglês acompanha todo o percurso.
Sim, opções vegetarianas estão disponíveis se solicitadas no momento da reserva.
Sim, as passagens aéreas entre Kathmandu (Ramechhap) e Lukla estão incluídas ida e volta.
Sua viagem inclui traslado do aeroporto doméstico, voos ida e volta entre Kathmandu (Ramechhap) e Lukla, todas as taxas e permissões do parque nacional, 11 noites em tea houses simples ao longo da trilha, café da manhã, almoço e jantar nos dias de trekking, além do suporte de um guia licenciado que fala inglês (e um carregador para cada dois trekkers). Você também recebe um mapa da trilha para o grupo; sacos de dormir ou jaquetas de pluma podem ser fornecidos mediante pedido; alimentação, seguro e hospedagem do guia estão cobertos para que você possa focar em cada passo sem se preocupar com a logística.
Precisa de ajuda para planejar sua próxima atividade?