Você vai percorrer a lendária Ferrovia Qinghai-Tibete de Chengdu a Lhasa em grupo pequeno, trocar histórias no trem noturno, subir os degraus do Palácio Potala com guia local, assistir debates de monges no Mosteiro Sera e caminhar pelas ruas antigas cheias de incenso — uma experiência que transforma de um jeito difícil de explicar.
Quase perdi o trem em Chengdu porque tinha escondido minha Permissão de Viagem para o Tibete no fundo da bolsa (por que eu faço isso?). A estação estava barulhenta e meio caótica — gente gritando, cheiro de miojo no ar. Nosso guia tinha avisado sobre a papelada, mas mesmo assim me atrapalhei na fila. Quando finalmente embarcamos, já estava escuro lá fora e eu percebi que aquilo era real: eu estava indo para Lhasa de trem, não só lendo sobre isso na internet.
A primeira noite na Ferrovia Qinghai-Tibete foi um borrão de rodas rangendo e conversas baixas com minha companheira de cabine, a senhora Zhou, que me ofereceu sementes de girassol e contou histórias sobre Lanzhou. Acordar em algum lugar depois de Xining fez tudo parecer diferente — vastas pastagens sob um céu pálido, iaques parecendo vírgulas negras ao longe. O ar ficou mais seco conforme subíamos; até meus lábios sentiram. Fiquei horas grudada na janela. Tem algo hipnotizante naquele planalto infinito, sabe?
Chegar em Lhasa foi surreal — o ar mais rarefeito com certeza (fiquei tonta só de subir as escadas do hotel), mas também uma explosão de cores e sons: os mantos vermelhos dos monges perto do Templo Jokhang, o incenso se espalhando entre as pessoas. Nosso guia local, Tenzin, tinha um jeito calmo de explicar tudo; ele apontou os peregrinos se prostrando do lado de fora do Jokhang e contou que alguns tinham caminhado semanas para chegar ali. No Palácio Potala, minhas pernas queimavam de tanto subir escadas, mas, sinceramente? Ver a luz do sol iluminando os murais antigos valeu cada suspiro.
Não esperava rir tanto no Mosteiro Sera, vendo os monges debater — eles batem palmas forte a cada ponto e um até piscou pra mim quando tentei acompanhar. Almoçamos juntos com outros viajantes, tomando chá de manteiga de iaque salgado (não é para qualquer um) e macarrão simples que tinha um sabor melhor do que parecia. No último dia, já nem me preocupava se meu mandarim soava estranho ou se tinha levado meias suficientes. Viajar assim — dias lentos de trem, mosteiros cheios de cânticos — fica marcado na alma muito depois de partir.
A viagem leva cerca de 36 a 48 horas, dependendo das conexões; às vezes é necessário fazer transferência em Xining por causa da disponibilidade dos bilhetes.
Não, o ponto de encontro é na Estação de Trem de Chengdu, onde você apresenta seu passaporte e permissão para retirar o bilhete.
Você vai visitar o Palácio Potala, o Templo Jokhang, o Mosteiro Drepung e o Mosteiro Sera (incluindo assistir debates dos monges).
Um jantar de boas-vindas em Lhasa está incluído; outras refeições não são especificadas, exceto café da manhã nos hotéis.
Sim — passagem em cabine macia ou dura no trem e três noites em hotéis 4 estrelas em quartos duplos (suplemento para single disponível).
Sim — é obrigatório ter a Permissão de Viagem para o Tibete, que seu operador ajuda a obter antes da viagem.
Não é recomendado para gestantes ou pessoas com problemas na coluna ou no coração devido à altitude elevada.
Sim — viajantes solo são bem-vindos, mas podem pagar um extra para quarto individual, se desejarem.
Sua viagem inclui passagem em cabine macia ou dura no trem de Chengdu a Lhasa (às vezes via Xining), três noites em hotéis confortáveis 4 estrelas (quarto duplo compartilhado, com opção single), seguro de responsabilidade durante todo o tour, todas as permissões para o Tibete organizadas previamente pelo operador (você só precisa do passaporte e visto chinês), transporte terrestre no Tibete em van ou micro-ônibus com motorista local experiente (combustível incluso), guia tibetano que fala inglês para visitas aos mosteiros e passeios pela cidade, água potável diária durante os tours — além de um jantar de boas-vindas para compartilhar com outros viajantes logo após chegar em Lhasa.
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