Você vai andar na garupa pelas curvas mais selvagens de Ha Giang, fazer trekking em vilas escondidas onde famílias Dao e Tay vivem atrás de paredes de barro, compartilhar almoços caseiros e caminhar por trilhas antigas acima do rio Nho Que. Prepare-se para pernas cansadas, mas coração cheio — este tour deixa mais que fotos na bagagem.
Vou ser sincero — me inscrevi no tour de trekking e moto pelo Ha Giang Loop mais por curiosidade. A ideia de andar na garupa por aquelas montanhas recortadas parecia emocionante, mas não esperava me sentir tão pequeno (de um jeito bom) subindo o Passo Bac Sum, com a névoa se enrolando nas falésias. Nosso guia Minh apontou os picos gêmeos de Tam Son quando paramos — ele sorriu quando tentei repetir os nomes em vietnamita. O ar estava fresco, quase picante, e dava para sentir o cheiro de fumaça de lenha vindo de algum lugar lá embaixo. Aí começamos a caminhar. Minhas pernas não estavam preparadas para o primeiro trecho do Portão do Céu até a vila Nam Dam — mas passando por casas de barro com portas vermelhas, mulheres Dao acenando, parecia que o tempo desacelerava.
O almoço em Nam Dam foi pura acolhida. Sentamos em banquinhos baixos enquanto Minh traduzia as histórias da nossa anfitriã — ela mesma construiu a casa, camada por camada de barro para manter o ambiente fresco no verão. O arroz era pegajoso e doce; tinha uma sopa com um leve sabor de gengibre e algo mais que ainda não consegui identificar. Depois, seguimos para Lung Tam, onde teares antigos faziam barulho em salas escuras — as mulheres tecelãs levantavam o olhar só para sorrir antes de voltar ao trabalho. Aquela noite em Yen Minh, minhas pernas doíam, mas parecia que tudo estava no lugar certo.
No segundo dia, de moto de novo, o Passo Tham Ma passou rápido entre vales verdes e formações calcárias afiadas. Paramos no Palácio do Rei Hmong — todo em madeira entalhada e pátios de pedra fresquinhos — depois almoçamos em Dong Van antes de uma caminhada à tarde até a vila Thien Huong. Minh mostrou a fronteira; a China ficava logo do outro lado do rio Nho Que, mas parecia um mundo totalmente diferente. Perto de Thien Huong, havia uma árvore centenária que, segundo os locais, já viu mil anos de vento — toquei sua casca sem saber bem por quê.
No terceiro dia, veio o Passo Ma Pi Leng (chamado de “rei” das estradas do Vietnã). Parado na beira, olhando para a fita azul impossível do rio Nho Que lá embaixo, não falei nada — ninguém falou. Caminhamos pelo Caminho do Céu por um tempo; as pedras estavam escorregadias da chuva da noite anterior, mas Minh nos manteve firmes. Depois do almoço no vale Mau Due (ainda lembro do sabor dos vegetais em conserva), seguimos de volta para Ha Giang. O ônibus para Hanói parecia estranho depois de tanto espaço aberto e ar puro das montanhas.
O tour tem 3 dias e 2 noites, começando e terminando em Ha Giang, com transfer de volta para Hanói incluído.
Sim, o transporte inclui busca em hotéis ou homestays na região de Ha Giang.
Você vai passar pelas vilas Nam Dam, Vale Trang Kim, Lung Tam, Thien Huong e outras.
Sim, todas as refeições estão inclusas: 3 cafés da manhã, 3 almoços com famílias locais ou restaurantes e 2 jantares.
Não precisa ter experiência — o tour oferece motoristas profissionais para todos os trechos de moto.
Você ficará em quartos privativos em pousadas locais ou casas tradicionais ao longo do caminho.
O trekking é de 6 a 8 km por dia em terreno irregular, mas é acessível para a maioria dos níveis de preparo físico.
Sim, todas as entradas para vilas e pontos históricos estão cobertas pelo seu pacote.
O pacote inclui busca no hotel ou ponto de encontro em Ha Giang (ou transfer desde Hanói se necessário); todas as refeições — cafés da manhã quentinhos, almoços geralmente com famílias locais, e jantares; todas as entradas para vilas e locais históricos do circuito; água mineral diária; quarto privativo todas as noites; guia experiente que fala inglês; motoristas profissionais para os trechos de moto; e o retorno ao seu hotel ou homestay ao final.
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