Você vai provar o cozido vulcânico feito na terra quente de Furnas, sentir o spray da cachoeira Ribeira dos Caldeirões no rosto e admirar as falésias dramáticas do Nordeste com moradores por perto. Com transfer do hotel e guia local, esse passeio por São Miguel é íntimo e inesquecível.
Eu devia ter desconfiado que o clima em São Miguel ia fazer o que bem entendesse. Nosso motorista Tiago só deu de ombros quando a garoa começou assim que saímos de Ponta Delgada — “é só a ilha dizendo bom dia”, ele falou. As janelas da van embaçaram tão rápido que mal consegui ver as primeiras falésias, mas aí alguém fez uma piada sobre o cabelo armado dos açorianos e ninguém mais ligou para a chuva. Paramos num mirante da costa norte; lembro do vento bagunçando meu lenço e do mar parecendo quase metálico sob aquelas nuvens baixas. Tiago apontou pequenas vilas escondidas entre o verde — tentei falar “Nordeste” direito, mas ele riu e disse que só depois do café fica mais fácil.
Quando chegamos em Furnas, tudo tinha um cheiro leve de enxofre e grama molhada. Confesso que não esperava ficar tão fascinado com a lama vulcânica borbulhando perto do lago. Tiago mostrou como eles colocam as panelas do cozido dentro de buracos fumegantes na terra — ele chamou isso de “panela lenta da natureza”. O almoço foi servido num lugarzinho ali perto (o cozido é forte, com sabor da terra e um toque defumado por todo aquele cozimento subterrâneo). Tinha opção vegetariana também, o que foi ótimo para a Anna do nosso grupo. Depois, alguns foram se refrescar nas águas termais — eu só fiquei por ali, ouvindo os pássaros e vendo o vapor subir da água. Uma paz meio estranha, mas boa.
A cachoeira Ribeira dos Caldeirões era mais barulhenta do que eu imaginava — quase abafava nossa conversa enquanto atravessávamos as pedras escorregadias para chegar mais perto. O ar ali é fresco e úmido, como se estivéssemos dentro de uma esponja verde. Vimos um moinho antigo com a tinta descascando; uma senhora local acenou enquanto varria as folhas da porta de casa. Seguimos para o leste e paramos num mirante de jardim onde os moradores fazem piquenique nos fins de semana (Tiago contou que as famílias levam bolos caseiros). As falésias despencam tão vertiginosamente que dá até um frio na barriga se você se inclinar demais.
Até hoje penso naquela vista do alto do Farol do Arnel — o farol parece minúsculo diante daquele azul selvagem do Atlântico. No caminho de volta para Ponta Delgada, todo mundo ficou em silêncio por um tempo. Talvez fosse cansaço, ou aquela sensação que dá quando você viu algo espetacular sem nem esperar.
Sim, o almoço está incluído — um tradicional cozido feito no solo vulcânico de Furnas, com bebidas, sobremesa e café.
Sim, há alternativas vegetarianas para o almoço, caso não queira o cozido com carne.
O transfer está incluído para hotéis no centro de Ponta Delgada; para outras localidades pode haver custo extra — consulte na reserva.
Se quiser aproveitar o banho nas piscinas termais (opcional), leve roupa de banho e toalha — a entrada não está incluída.
O grupo é pequeno — no máximo 8 pessoas por tour.
Você vai conhecer a vila e o lago de Furnas (com área geotérmica), a cachoeira Ribeira dos Caldeirões, as falésias e mirantes do Nordeste, além de outros pontos costeiros.
Seu dia inclui transfer do hotel em Ponta Delgada (outras localidades sob pedido), transporte com guia local especialista, almoço completo com cozido tradicional feito no subsolo de Furnas (bebidas, sobremesa e café incluídos), paradas em cachoeiras e mirantes incríveis no leste de São Miguel — e muitas histórias durante o caminho, antes do retorno à noite.
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