Você vai percorrer trilhas ancestrais por vilarejos sherpas, compartilhar refeições quentes em lodges nas montanhas e ficar cara a cara com o Everest ao nascer do sol — tudo isso sem precisar de habilidades técnicas de escalada. Se quer uma verdadeira aventura no Himalaia (e não se importa com madrugadas), esse trekking cobre os principais pontos com guias locais que conhecem cada atalho e história pelo caminho.
Na primeira vez que pisei em Lukla, o ar parecia mais rarefeito e cortante do que em Kathmandu — quase como se já fosse possível sentir o sabor das montanhas. Nosso grupo saiu do avião minúsculo, mochilas batendo contra o corpo, e logo nosso guia Suman começou a apontar pequenos detalhes: a forma como os carregadores equilibram as cargas com a faixa namlo na testa, ou como as casas de chá servem um chá com leite na medida certa para espantar o frio da manhã. A caminhada até Phakding foi tranquila, mas lembro das minhas botas afundando na lama das chuvas da noite anterior. Você vai passar por rodas de oração giradas pelos locais e ouvir os sinos dos rebanhos de iaques antes mesmo de perceber que está ganhando altitude.
Namche Bazaar é outra história — telhados coloridos empilhados na encosta, padarias vendendo torta de maçã (sim, de verdade), e viajantes trocando histórias em canecas de café instantâneo na Everest Bakery. Ficamos um dia extra aqui para nos aclimatarmos; não é só descanso, mas também subir até o Hotel Everest View para tomar um chá de gengibre com uma vista que deixa as pernas bambas por mais de um motivo. Suman explicou como a altitude pega quem tem pressa — então fomos devagar, parando sempre para recuperar o fôlego e observar as nuvens deslizando sobre o Ama Dablam.
O Mosteiro de Tengboche fica numa clareira que exala um leve cheiro de incenso e agulhas de pinheiro. Chegamos bem quando os monges cantavam lá dentro — o som se espalhou pelo ar frio e me fez ficar mais tempo do que esperava. Mais acima, em Dingboche e Lobuche, o silêncio domina; você vai notar o barulho dos seus passos no gelo pela manhã cedo, ou como as garrafas de água congelam se deixadas perto da janela. O último trecho até o Acampamento Base do Everest é duro, mas surreal — você caminha ao lado da geleira Khumbu, onde as verdadeiras expedições começam. E então vem Kalapathar: saímos antes do nascer do sol, com as lanternas de cabeça iluminando o caminho, o ar saindo em baforadas visíveis. Quando o sol finalmente tocou o cume do Everest, todo mundo ficou em silêncio por um minuto ou dois — é difícil descrever, a não ser que você tenha visto com seus próprios olhos.
De jeito nenhum! Desde que você tenha um condicionamento básico e aguente caminhadas diárias de algumas horas, vai tirar de letra. O ritmo é tranquilo e há dias para aclimatação incluídos.
Nos meses de pico (março a maio e setembro a novembro), os voos saem do aeroporto de Ramechhap em vez de Kathmandu por causa do tráfego aéreo. São cerca de 5 a 6 horas de carro de Kathmandu — você pode ir durante a noite ou sair bem cedo no dia do voo.
Sim! Café da manhã, almoço e jantar estão incluídos durante o trekking — espere pratos simples, mas nutritivos, como dal bhat ou macarrão nas pousadas locais.
Você recebe uma bolsa de viagem, jaqueta de pluma, saco de dormir e bastão de caminhada como parte do pacote — só precisa levar seus itens básicos, como botas e roupas em camadas.
Sua viagem inclui transfer do aeroporto (Kathmandu ou Ramechhap), voos ida e volta para Lukla, todas as permissões e taxas, três refeições diárias durante o trekking, acomodação em quartos duplos em lodges/pousadas nas montanhas, uso do equipamento de trekking (bolsa de viagem, jaqueta de pluma, saco de dormir, bastão de caminhada), guia experiente licenciado pelo governo durante todo o percurso — e até um certificado ao final!
Precisa de ajuda para planejar sua próxima atividade?