Você vai subir a face norte do Monte Etna com um guia vulcanólogo local, passando por campos de lava antigos em veículos off-road antes de continuar a pé até os crateras do cume. Sinta o estalo da escória negra sob suas botas, respire o ar puro da montanha e fique acima da Sicília no vulcão ativo mais alto da Europa. Esse passeio de um dia é desafiador, mas deixa lembranças (e provavelmente um pouco de poeira vulcânica) que ficam para sempre.
Com as mãos firmes nos bastões que nos entregaram, eu ainda sentia o cheiro do café expresso daquele pequeno café em Piano Provenzana — para ser sincero, estava nervoso, mas também animado. Nosso guia, Salvo, conferiu minhas botas (“Vai querer elas bem apertadas na descida,” ele sorriu) antes de todos nós entrarmos naquele 4x4 barulhento. A subida pela encosta norte do Etna foi mais turbulenta do que eu esperava, as janelas vibrando enquanto Salvo apontava antigas lava flows e tentava nomear cada pico que víamos — Madonie, Ilhas Eólias (acho?), até a Calábria do outro lado do mar, se você forçar o olhar. Alguém no grupo perguntou se o vulcão estava “seguro hoje” e Salvo só deu de ombros: “Ela avisa do jeito dela.” Isso me fez rir, mas também... sabe como é.
Ao sair do carro quase a 3.000 metros, o ar parecia rarefeito e cortante — como metal frio no nariz. O chão estalava sob os pés, escória preta que grudava em tudo (até hoje encontro pedaços nas minhas meias). Começamos a subir em direção aos crateras do cume do Etna; às vezes dava para ouvir um chiado baixo vindo das aberturas laterais ou sentir o cheiro de enxofre quando o vento mudava. Salvo mantinha um ritmo constante e mostrava como a erupção do ano passado tinha mudado o caminho — parecia conhecer cada curva de cor. Em um momento, parei para recuperar o fôlego e percebi como o silêncio dominava entre as rajadas de vento; só o som das botas raspando nas pedras e alguém reclamando dos joelhos.
A vista do topo — bem, não dá para fotografar direito. Você fica acima daqueles crateras enormes com vapor subindo lá embaixo e a Sicília se estendendo lá longe aos seus pés. Era uma sensação imensa e, ao mesmo tempo, estranhamente íntima; ninguém falava muito lá em cima, só um “Uau” ou outro. A descida é... longa. Minhas pernas tremiam depois de tanto andar na areia vulcânica macia (Salvo chamou de “neve do Etna”), e eu escorreguei uma vez, mas caí rindo. Quando chegamos de volta aos 1.800 metros, com os sapatos cheios de areia, eu estava cansado daquele jeito bom, que você não quer se mexer, mas também não quer que acabe.
Esse trekking é indicado apenas para quem tem experiência e boa forma física, por causa das subidas íngremes, altitude elevada (até 3.380 m) e descida longa em terreno vulcânico instável.
Sim — bastões de trekking, calçados apropriados, capacetes, jaqueta quente, meias extras e mochila adicional estão inclusos na reserva.
Piano Provenzana é acessível de carro particular ou alugado por estradas asfaltadas; há estacionamento no local.
O encontro é às 7h45, com saída entre 8h e 8h15; saídas à tarde às 13h ocorrem de maio a outubro.
Os guias podem alterar ou cancelar o passeio por segurança caso as condições ambientais ou vulcânicas mudem.
Não — o passeio não é recomendado para crianças menores de 12 anos.
A distância total é de cerca de 12 a 13 km, incluindo subida e descida.
Não, o almoço não está incluído; há cafés em Piano Provenzana onde você pode comprar comida antes ou depois da caminhada.
Seu dia inclui acompanhamento de um guia vulcanólogo licenciado durante toda a subida de veículo e caminhada; taxas de entrada no Monte Etna; uso de bastões, calçados resistentes (que salvaram meus tornozelos), capacetes para segurança perto das aberturas ativas, jaquetas quentes, meias extras e mochila adicional se precisar; além de seguro durante sua aventura no vulcão mais famoso da Sicília.
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