Você vai sair de Gatlinburg com um guia local, explorar as cabanas fantasma de Elkmont, subir estradas sinuosas até mirantes incríveis e, no final, ficar na divisa dos estados em Newfound Gap — onde história e silêncio das montanhas se encontram. Prepare-se para histórias que não estão nas placas e momentos que ficam na memória.
Logo de cara, percebi como o ar em Gatlinburg era diferente — meio úmido, com cheiro de pinho e aquele leve toque de fumaça de lenha típico das cidades de montanha. Nosso guia, Mike (nascido e criado aqui), chegou num van limpinha e já distribuiu água antes mesmo de sairmos do estacionamento. Ele brincou chamando aquilo de “ar-condicionado dos Apalaches” — ou seja, abrir as janelas enquanto começávamos a subir rumo à cidade fantasma de Elkmont. A viagem foi curta, mas parecia uma viagem no tempo de cem anos; chaminés de pedra cobertas de musgo aparecendo entre as árvores, algumas cabanas caindo aos pedaços onde dava até pra ouvir ecos se ficasse parado. Mike contou histórias dos madeireiros e das famílias que passavam o verão ali — até apontou uma caixa de correio enferrujada que alguém deixou para trás. Tentei imaginar o barulho dos trens passando por ali. Difícil pensar nisso agora, com só o som dos pássaros e nossos passos no cascalho.
A estrada para Newfound Gap é cheia de curvas fechadas e vistas de tirar o fôlego — um minuto você está no meio da sombra das árvores, no outro surge uma clareira com camadas de montanhas azuis que parecem não ter fim. Paramos num mirante onde o vento quase levou meu chapéu (deveria ter ouvido o aviso do Mike). Ele respondeu todas as perguntas, desde flores silvestres até ursos negros, e explicou por que os vales parecem cheios de fumaça pela manhã (mas não é fumaça de verdade). Tirei uma foto do meu amigo fingindo segurar uma nuvem. Estava mais frio do que eu esperava a 5.000 pés; todo mundo fechou o casaco quando descemos em Newfound Gap.
Ficar naquele marco de pedra entre Tennessee e Carolina do Norte foi uma sensação estranha — como estar em dois lugares ao mesmo tempo por um instante. Tem uma placa onde o presidente Roosevelt dedicou o Great Smoky Mountains em 1940; o Mike leu um trecho em voz alta e, por algum motivo, aquilo me tocou mais do que eu esperava. A Appalachian Trail passa bem ali — vi dois caminhantes sumirem entre as árvores rumo ao norte, mochilas balançando. Por um momento, só o silêncio, o vento e alguém rindo dizendo “será que a gente continua andando?” Sinceramente, ainda penso naquela vista para o vale Oconaluftee — um silêncio que fazia querer ficar ali mais tempo do que o planejado.
O passeio é feito em um dia, com várias paradas entre Gatlinburg e Newfound Gap.
Sim, o transporte começa em um ponto fixo em Gatlinburg, TN.
Você vai explorar as ruínas das antigas cabanas, aprender sobre a história da extração de madeira, os primeiros moradores e ver relíquias da época em que era uma cidade turística.
Sim, água engarrafada e lanches estão incluídos durante o passeio pelos Smokies.
Newfound Gap fica a mais de 5.000 pés (cerca de 1.524 metros) acima do nível do mar, na divisa entre Tennessee e Carolina do Norte.
Você vai andar pelas áreas históricas como Elkmont, mas o passeio é leve e acessível para todos os níveis de preparo físico.
Sim, o guia conta histórias sobre a Appalachian Trail, que tem mais de 3.500 km e passa exatamente por Newfound Gap.
O dia inclui transporte em van ecológica saindo de Gatlinburg, com água e lanches; tempo para explorar a cidade fantasma de Elkmont a pé; e uma viagem por estradas cênicas até Newfound Gap, com várias paradas para fotos e histórias do seu guia local.
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