Você vai caminhar entre as pedras antigas de Ingapirca com um guia local saindo de Cuenca, almoçar em Gualaceo, explorar as lojas de joias de Chordeleg e visitar uma oficina de tecelagem. Prepare-se para conversas reais, sabores inesperados e momentos que ficam na memória muito depois de voltar para casa.
Eu não sabia bem o que esperar quando saímos de Cuenca naquela manhã — em um instante você está desviando do trânsito da cidade, no outro já está cercado por colinas verdes e um ar cheio de neblina. Nosso guia, Andrés, já contava histórias antes mesmo de sairmos dos arredores. Ele apontava como a luz bate diferente nas montanhas daqui. Senti o cheiro de eucalipto enquanto subíamos; misturado com o calor do aquecedor da van (que, sinceramente, estava trabalhando demais). A viagem até Ingapirca pareceu longa, mas de um jeito bom — tempo suficiente para observar as nuvens mudando e imaginar como aquelas pedras antigas seriam sob meus pés.
Ingapirca é mais tranquila do que eu imaginava. Não vazia — tinha outros viajantes por lá — mas há um silêncio especial ao redor das pedras. Andrés explicou que é o maior sítio inca do Equador, mas que os Cañari foram os primeiros a construir partes dele. Ele nos mostrou onde o templo tem aquela curva ovalada estranha (única no mundo inca, pelo visto). Passei a mão por uma parede — fria e áspera, com pequenos pedaços de líquen grudados na palma. Teve um momento em que um cachorro perdido apareceu e ficou ali do nosso lado enquanto Andrés falava sobre rituais do sol. Até hoje penso naquele cachorro.
A estrada até Gualaceo serpenteia por vales tão verdes que chegam a doer os olhos. Paramos para almoçar no Arhana Resort — um menu fixo, mas com várias opções (eu escolhi vegetariano; alguém provou a truta). A sopa era grossa e cheia de ervas; a sobremesa pequena, mas doce na medida certa. Em um momento, uma senhora mais velha em outra mesa começou a cantarolar baixinho enquanto comia. Isso me fez sorrir sem motivo aparente.
Chordeleg é o paraíso das lojas de joias — prata por todo lado — e das pessoas nas portas, conversando ou só observando a gente passar. Experimentei um anel, mas meu espanhol falhou quando perguntei sobre ajuste (a vendedora riu e fez um gesto com as mãos, então acho que não dava). Depois, na praça de Gualaceo, provamos o Rosero — uma bebida gelada cheia de pedaços de frutas e especiarias; meio diferente, mas refrescante depois de tanto andar. A última parada foi numa oficina familiar onde nos mostraram como os xales são tecidos em teares de madeira antigos. O tingimento tinha um cheiro terroso, quase defumado — não consigo explicar melhor.
Quando voltamos para Cuenca, o céu já estava rosa atrás das montanhas. Meus pés estavam cansados, mas a cabeça leve — como se eu tivesse visto algo importante, só que ainda não soubesse como colocar em palavras.
O tour completo dura cerca de 8 a 9 horas, incluindo o deslocamento entre os pontos.
Sim, o almoço tradicional no Arhana Resort está incluso, com opções vegetarianas e veganas.
Sim, o serviço de busca e retorno ao hotel em Cuenca está incluso na reserva.
Você vai visitar o maior sítio arqueológico inca do Equador, com um templo elíptico único na América do Sul.
Sim, você conhecerá uma oficina familiar em Gualaceo onde tecem xales com técnicas tradicionais de ikat.
Sim, você terá tempo para explorar as lojas de joias ou passear pela cidade no seu ritmo.
Rosero é uma bebida tradicional de frutas de Gualaceo — você poderá provar durante a visita.
O mínimo é de dois participantes; viajantes solo devem verificar a disponibilidade antes.
Seu dia inclui transporte de ida e volta do hotel em Cuenca, todo o trajeto com combustível incluso, guia bilíngue licenciado que também dirige para grupos pequenos, entradas nos locais visitados, além do almoço com menu fixo no Arhana Resort com bebida e sobremesa, retornando à noite.
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