Você vai rodar pelas estradas da montanha com um guia local que conhece cada curva e história. Fique perto dos lagos turquesa como Louise ou Moraine (ou Emerald no inverno), respire o ar dos glaciares em Crowfoot e Peyto, e compartilhe momentos de silêncio com estranhos que viram amigos. Esse passeio de dia saindo de Banff deixa você com mais que fotos — talvez até um pouco de admiração guardada no peito.
A primeira coisa que me chamou atenção ao sairmos de Banff foi o silêncio que tomou conta, mesmo com uma dúzia de pessoas na van. Nosso guia, Matt (natural de Canmore e que faz a geologia parecer fofoca), apontou o Rio Bow serpenteando entre as árvores. Encostei a testa na janela tentando avistar um alce — sem sorte, mas alguém jurou ter visto galhadas. O ar tinha um cheiro fresco, quase como hortelã gelada. Paramos no mirante Castle Mountain e todo mundo desceu, batendo os pés no chão gelado. Não esperava me sentir tão pequeno ali; as montanhas realmente fazem a gente se calar por um instante.
Depois veio Lake Louise. É estranho ver algo tão famoso ao vivo — quase achei que fosse falso. Mas não: aquele azul é real, assim como o vento frio que bate na água. Ficamos cerca de uma hora lá (pareceu tanto muito quanto pouco), tempo suficiente para um café no Fairmont, se curte, ou só para caminhar pela margem desviando dos pauzinhos de selfie. Tentei pular uma pedra na água, mas ela afundou direto — Matt riu e disse que só os locais conseguem fazer direito. Se estiver fazendo esse passeio em Banff com a família ou sozinho, é fácil achar seu cantinho tranquilo ao redor do lago.
Moraine Lake estava aberto porque fomos em julho (Matt falou que no inverno trocam por Emerald Lake e Natural Bridge). A cor é quase surreal — um azul leite glaciar? Tem um momento em que todo mundo fica em silêncio ao mesmo tempo, só quebrado por alguns corvos brigando por migalhas perto de um banco. A viagem pela Icefields Parkway depois foi igualmente impressionante: glaciares agarrados às falésias, Bow Lake brilhando sob nuvens que pareciam prestes a desabar. Meu preferido foi Peyto Lake; aquela forma de cabeça de lobo vista de cima fica na memória.
Até hoje penso naquele silêncio no Crowfoot Glacier — não é vazio, é como se estivesse cheio de histórias antigas que ninguém conta em voz alta. Na volta, Matt colocou umas músicas folclóricas canadenses antigas (não é meu estilo, mas combinou perfeitamente). A essa altura, todo mundo já estava mais calmo ou sonolento, exceto uma criança que não parava de perguntar se ursos andam de carro por aqui (não andam... né?). Então, se quer um passeio em grupo pequeno por Banff onde você realmente sente que faz parte desses lugares e não só risca itens da lista, esse vale muito a pena.
O passeio inclui o tempo de deslocamento e normalmente dura o dia todo — prepare-se para várias horas na estrada e paradas em cada ponto principal.
Não — Moraine Lake é acessível só de junho até meados de outubro. No inverno, as paradas são em Emerald Lake e Natural Bridge, em Yoho.
Sim — as entradas estão cobertas no valor da reserva.
Sim, o transporte inclui busca; confira com o fornecedor os locais exatos.
Bebês podem ir em carrinhos; as trilhas fáceis a moderadas podem ser difíceis para quem tem mobilidade limitada.
Vista-se em camadas — o clima muda rápido perto dos glaciares. Leve água e talvez um lanche, embora água engarrafada seja fornecida.
É possível avistar alces, veados e até ursos pela Bow Valley Parkway — mas não é garantido.
Não há almoço incluso; você terá tempo para comprar comida em paradas como Lake Louise ou pode levar seu próprio piquenique.
Seu dia inclui transporte saindo de Banff ou pontos próximos, todas as entradas ao longo do trajeto, água engarrafada em veículo com ar-condicionado, além do acompanhamento de quem realmente conhece essas montanhas antes de voltar à noite.
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