Você vai sentir cada grão da terra vermelha nessa aventura de acampamento de 3 noites em Uluru, Kata Tjuta e Kings Canyon: trilhas ao nascer do sol com guia local, histórias ao redor da fogueira, encontro com artistas indígenas no Centro Cultural e caminhadas pelo cânion onde o silêncio é gigante. Não é luxo, mas fica na memória.
“Aqui não se tem pressa,” foi a primeira coisa que nosso guia, Mark, disse enquanto balançávamos pela trilha vermelha saindo de Yulara. Ele tinha aquele rosto marcado pelo sol e um jeito tranquilo de fazer a gente parar para sentir o silêncio. O calor ainda não tinha chegado, então caminhamos entre os domos de Kata Tjuta enquanto a luz mudava tudo de roxo para um laranja intenso. Eu parava o tempo todo só para ouvir—o vento passando pelo spinifex, o barulho das botas atrás de mim. Meus sapatos ficaram cheios de poeira vermelha quase na hora (ninguém avisa isso).
Na primeira noite, sentamos perto do acampamento comendo damper enquanto Uluru desaparecia na sombra. Já tinha visto fotos, mas nunca imaginei o quanto ele brilha no pôr do sol—parece que carrega um fogo próprio por dentro. Mark contou uma história Anangu sobre a criação da pedra; a voz dele ficou baixa e lenta, e mesmo com outros grupos por perto, parecia um momento só nosso. Na manhã seguinte foi difícil (alarme antes do sol não é comigo), mas o nascer do sol em Uluru é... você fica parado, piscando, vendo aquela explosão de cores no deserto. Andei quase toda a trilha da base sozinho por um tempo—tocando a pedra onde ela se curva—e só pensava em como tudo aqui é tão antigo.
O almoço foi simples—sanduíches na sombra—e depois paramos no Centro Cultural. Tinha artistas pintando em silêncio; tentei dizer oi em Pitjantjatjara e provavelmente falei errado, porque uma mulher só sorriu e me chamou para perto mesmo assim. Tem algo muito especial em ver arte feita ali, de verdade, sem vidro ou frescura. Naquela noite mal percebi que os chuveiros do acampamento eram coletivos—tava cansado demais para ligar.
Kings Canyon foi o último. A subida não é fácil (minhas pernas ainda lembram), mas lá do alto, olhando para aquelas paredes verticais—as pedras da Cidade Perdida empilhadas como colmeias gigantes—você sente que está em um lugar importante. Nosso guia mostrou umas plantinhas minúsculas agarradas nas fendas e explicou como elas sobrevivem ali; não sei por que isso ficou mais na minha cabeça do que a vista toda. Ficamos em silêncio por um tempo na trilha do topo—só o vento e uns pássaros cantando lá embaixo—e até hoje lembro desse silêncio quando o barulho toma conta lá em casa.
O tour tem duração de 3 noites com atividades diárias em Uluru, Kata Tjuta e Kings Canyon.
Sim, o traslado está incluso saindo de Yulara, perto do Aeroporto Ayers Rock, ou do Desert Gardens Hotel.
É preciso ter condicionamento moderado—as trilhas têm terrenos irregulares e algumas subidas.
O roteiro inclui lanches e almoço; o jantar varia conforme o dia, mas refeições básicas estão incluídas.
Sim—há uma parada no Centro Cultural Uluru-Kata Tjuta, onde artistas locais das Primeiras Nações trabalham.
Os acampamentos têm infraestrutura compartilhada, incluindo chuveiros.
Você pode escolher extras como passeio de camelo ao pôr do sol ou o espetáculo Field of Lights em Yulara.
Há um traslado gratuito de 10 minutos para o Desert Gardens Hotel em Yulara ou para o Aeroporto Ayers Rock (AYQ).
Sua jornada inclui traslado de Yulara ou Aeroporto Ayers Rock, trilhas guiadas pelos domos de Kata Tjuta e pela borda de Kings Canyon, entrada no Centro Cultural Uluru-Kata Tjuta com tempo para conhecer artistas locais, todas as taxas dos parques nacionais, refeições simples pelo caminho—incluindo lanches no pôr do sol—e três noites de acampamento com energia e estrutura compartilhada antes do traslado de volta para a cidade ou aeroporto.
Precisa de ajuda para planejar sua próxima atividade?