Você vai deslizar pela luz do fim da tarde em um barco pequeno com poucas pessoas, vendo martins-pescadores e crocodilos enquanto o guia local conta histórias sobre o lado selvagem do rio Daintree. Prepare-se para momentos de silêncio, explosões repentinas de vida selvagem e aquela sensação de tudo desacelerar antes do pôr do sol.
Não esperava que o ar fosse tão denso e doce quando embarcamos naquele barquinho na vila de Daintree — um cheiro que misturava cana-de-açúcar com lama do rio. Éramos só oito, além do Murray (nosso guia), que usava um chapéu desbotado pelo sol e tinha um jeito de mostrar as coisas sem parecer aula. Ele nos guiou para a correnteza lenta, falando algo sobre “acertar o horário dos pássaros”. Só lembro do silêncio que caiu quando nos afastamos da rampa — só o som da água batendo nos manguezais ou o clique alto da câmera de alguém quebrando o silêncio.
O rio Daintree no pôr do sol é bem diferente do que imaginei. A luz fica dourada e depois meio esverdeada enquanto passamos por raízes e galhos entrelaçados, às vezes tão perto que dava vontade de tocar (mas não toquei — o Murray já tinha avisado sobre cobras). Vimos um martim-pescador azul voando rápido sobre a água e um crocodilo de água salgada gordo, quase escondido nas sombras. O Murray diminuiu a velocidade com um motor elétrico — quase sem barulho — para a gente observar garças se juntando em grandes bandos, todas voltando para dormir. O cheiro era de terra molhada, quase apimentado quando a brisa mudava.
Tentei tirar foto de um pássaro-bucho, mas perdi o momento; alguém teve mais sorte. Teve uma hora que ninguém falou nada por um tempão — só ouvindo os insetos começando a cantar enquanto o céu ficava rosa atrás das árvores. Acho que isso foi o que mais ficou comigo. Depois, voltar andando para o hotel na vila para jantar parecia um sonho, como se eu tivesse ido para longe, mesmo tendo sido só duas horas no rio. Se estiver pensando em um passeio de um dia para Daintree saindo de Port Douglas ou Cape Tribulation, esse cruzeiro ao entardecer é, sem dúvida, a melhor parte — mesmo que meu cabelo ainda tivesse um cheirinho de lama do rio depois.
O passeio dura cerca de 2 horas.
Começa e termina na rampa pública de barcos da vila de Daintree.
Não, não há traslado; você precisa chegar à vila de Daintree por conta própria.
O barco comporta até 10 passageiros por passeio.
Você pode ver martins-pescadores, garças, pássaros-bucho, crocodilos de água salgada, cobras e garças.
A idade mínima é 6 anos; crianças devem estar acompanhadas por um adulto.
Recomenda-se levar chapéu e jaqueta para se proteger do tempo.
O barco não tem cobertura fixa, mas conta com um toldo duplo Bimini que pode ser usado se necessário.
Sua tarde inclui um passeio guiado de 2 horas em grupo pequeno pelo rio Daintree, com comentários de um guia local especialista; toda a observação de animais acontece em uma embarcação híbrida única que sai direto da rampa pública da vila de Daintree — é só chegar (e não esqueça o chapéu que mencionam).
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