Você vai colocar a mão na massa com o lado criativo de Buenos Aires — desde pintar seu próprio fileteado até provar doces locais e explorar cantos escondidos que a maioria dos visitantes não conhece. Este tour te coloca cara a cara com artistas, história, gastronomia e a vida real do bairro — tudo no seu ritmo.
O ar da manhã em San Telmo sempre parece um pouco mais denso — talvez sejam os paralelepípedos antigos ou a forma como o sol ilumina os murais desbotados. Começamos na oficina de Miguel Ángel Polizzi, escondida atrás de uma porta sem identificação que eu teria passado batido se nosso guia não tivesse apontado. Lá dentro, pincéis e potes de tinta estavam por toda parte. Miguel nos mostrou como fazer aquelas linhas clássicas do fileteado — ele fazia parecer fácil, mas minha mão tremia só de tentar seguir o padrão. Seu assistente explicou em inglês, garantindo que todos tivéssemos nossa vez. O cheiro de terebintina misturava-se ao café da porta ao lado. Saí com minha própria lembrança pintada — linhas tortas e tudo mais.
Logo na rua, há uma pequena estátua da Mafalda sentada em um banco. Ela é menor do que se imagina, mas atrai uma multidão — moradores locais tirando fotos, crianças subindo ao seu lado. Nosso guia contou como ela ainda é muito querida por aqui; suas tirinhas estão por toda Buenos Aires.
Fomos até a Casa do Doce de Leite — um lugar que cheira a caramelo assim que você entra. Prateleiras cheias de potes de todas as províncias; experimentei uma colherada (ou duas) e comprei alguns alfajores para mais tarde. Eles deixam você provar antes de comprar, o que é perigoso para quem tem vontade de doce.
Um desvio rápido nos levou à casa mais estreita da cidade, no Pasaje San Lorenzo — apenas 2,5 metros de largura! As portas verdes rangeram quando nosso guia as empurrou. Há uma história sobre escravos libertos que viveram ali; é um daqueles lugares que a maioria das pessoas passa sem saber o que está perdendo.
Na hora do almoço, fomos à Pizzaria Pirilo — um balcão simples desde 1932. Você pede na janela e come em pé com os moradores que frequentam o lugar há décadas. A pizza de queijo estava derretida e salgada, nada sofisticado, mas exatamente o que precisava depois de tanto caminhar.
O Mercado de San Telmo estava agitado — vendedores gritando uns sobre os outros, antigos discos de tango tocando em alguma barraca ao fundo. Encontrei cartões postais antigos e quase comprei uma cuia de mate velha antes de perceber que minha mala já estava cheia. É fácil perder a noção do tempo fuçando todas aquelas peças curiosas.
A Plaza Dorrego estava lotada de barracas de antiguidades e artistas de rua fazendo malabarismos por gorjetas. Sentamos em um dos cafés na calçada — perfeito para observar as pessoas enquanto tomávamos cortados. Algumas das mansões do século XIX ao redor da praça foram transformadas em bares ou lojas; nosso guia apontou quais ainda mantêm as varandas originais de ferro.
Encerramos no La Pulpería Quilapán — um lugar peculiar atrás de um portão de ferro onde, de repente, parece que você está no campo e não no centro de Buenos Aires. Grégoire e Tatiana (os donos) conversaram conosco sobre a restauração do local enquanto tomávamos café com pão caseiro, geleia e uma generosa camada de doce de leite por cima. Foi difícil deixar aquele cantinho acolhedor para trás.
Sim! Crianças são bem-vindas desde que estejam acompanhadas por um adulto — é uma experiência prática e divertida para toda a família.
O ritmo é tranquilo, com muitas paradas; qualquer pessoa com condicionamento médio vai se sentir confortável.
Com certeza — você sairá com sua própria peça pintada como lembrança da oficina do Miguel.
Você poderá provar produtos de doce de leite na loja; a comida nos outros pontos está disponível para compra, caso queira mais petiscos durante o passeio.
Seu dia inclui transporte de ida e volta ao hotel em veículo com ar-condicionado, além de um guia profissional e simpático que conhece todos os atalhos da cidade — e sim, todas as idades são bem-vindas!
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