Você vai caminhar por Bariloche com um guia certificado, descobrindo vestígios escondidos da influência alemã e ouvindo relatos sinceros sobre os imigrantes da época da Segunda Guerra — alguns podem até surpreender. Prepare-se para conhecer casas históricas, fazer perguntas difíceis e refletir sobre como a história permanece viva no dia a dia.
Começamos no Centro Cívico de Bariloche, onde os prédios de pedra pareciam quase fora do lugar diante do céu azul intenso. Nosso guia, Martín, nos chamou e logo apontava detalhes que eu nunca tinha reparado — os telhados inclinados, a madeira que lembrava mais a Baviera do que a Patagônia. O cheiro de café vindo de uma cafeteria próxima se misturava ao ar frio da montanha. É engraçado, eu já tinha andado por essas ruas antes, mas nunca realmente as vi até alguém me explicar o motivo daquele visual.
Enquanto caminhávamos em direção à Cascada de los Cántaros (não fomos até a cachoeira, só ficamos perto de uma casa histórica), Martín contou histórias dos primeiros imigrantes de língua alemã. Ele até mostrou uma foto antiga no celular — rostos em preto e branco, casacos pesados. Teve um momento em que uma moradora passou com o cachorro e acenou para Martín como se o conhecesse (talvez todo mundo o conheça). A conversa mudou então — de forma discreta — para a presença nazista em Bariloche após a Segunda Guerra. O nome de Erik Priebke apareceu, e confesso que foi estranho ouvi-lo ali, num lugar que cheira a pinho e doce.
Não esperava que o passeio me fizesse repensar tudo o que eu achava que sabia sobre a Argentina. Paramos em frente a outra casa — pintura amarela descascando — e Martín baixou a voz ao apontar quais janelas testemunharam a história. Ficou um silêncio estranho por um instante, quebrado só pelos pássaros ou talvez pelo vento. Alguém perguntou sobre os boatos de Hitler ter se escondido ali; Martín sorriu de lado e deu de ombros (“As pessoas adoram suas lendas”, disse). O grupo riu, mas dava para ver que todo mundo ficou pensando no assunto.
No fim, estávamos no que já foi o coração do bairro alemão de Bariloche. As casas pareciam comuns demais para quem não prestava atenção. Eu não parava de olhar para uma porta em especial — madeira gasta, números desbotados — imaginando quem teria passado por ali décadas atrás. Mesmo dias depois, ainda me pego lembrando dessas ruas sempre que escuto alguém falando alemão pela cidade.
O tour em inglês acontece às terças, quintas e sábados; em espanhol, às quartas e sextas.
Sim, bebês e crianças pequenas podem ir no carrinho durante o passeio.
Não, não há busca no hotel; o ponto de encontro é no Centro Cívico de Bariloche.
A duração exata não é informada, mas o ritmo é tranquilo com várias paradas para histórias e perguntas.
Não, todas as visitas são externas — o guia conta as histórias em cada local sem entrar nos prédios.
Um guia especialista certificado acompanha o grupo ao vivo (sem áudio gravado).
Sim, há opções de transporte público próximas ao Centro Cívico, onde o tour começa.
Seu dia inclui histórias ao vivo com um guia especialista certificado enquanto você explora o Centro Cívico de Bariloche e passeia por bairros históricos ligados tanto aos primeiros imigrantes alemães quanto aos que chegaram na época da Segunda Guerra — sem necessidade de ingressos ou transporte, só traga sua curiosidade para o que fica por trás das portas fechadas.
Precisa de ajuda para planejar sua próxima atividade?