Passe três dias cavalgando pelos Andes argentinos com gauchos locais, avistando condores e guanacos em trilhas isoladas. Compartilhe pausas para mate e refeições feitas na fogueira sob um céu estrelado antes de dormir no silêncio real da montanha — uma experiência que vai ficar com você muito depois das botas limpas.
Não esperava me sentir tão pequeno ali — não de um jeito ruim, mas meio que impressionado. Na manhã do primeiro dia, depois de nos pegarem em Mendoza, conhecemos os cavalos e os gauchos. Tentei lembrar o nome do meu cavalo (acho que era “Moro”?) mas, pra ser sincero, estava mais distraído com o ar gelado e como as montanhas pareciam engolir todo som. Nosso guia, Martín, me entregou uma cuia de mate e sorriu quando eu tossi no primeiro gole — pelo visto, o certo é beber devagar, não engolir de uma vez. Aprendi a lição.
A cavalgada não tinha nada a ver com aqueles passeios turísticos comuns. Cruzamos vales abertos onde condores voavam no céu (Martín os apontava — ele os via antes de todo mundo), e às vezes parávamos só pra escutar. Existe um silêncio nos Andes que quase vibra nos seus ouvidos. Em um momento, um bando de guanacos disparou ao longe — eu só tinha visto eles em fotos antes. O almoço foi pão quentinho saído da fogueira, queijo com um leve sabor defumado e algo que o Martín chamou de “asado de tira”. Ainda não sei exatamente qual corte era, mas estava salgado e perfeito depois de horas no cavalo.
As noites foram mais frias do que eu esperava — mesmo com várias roupas — mas ficar ao redor da fogueira compensava. O céu parecia falso de tão cheio de estrelas; alguém tentou contar satélites mas desistiu depois de três. O vinho rolou solto (talvez demais para um cara que não parava de contar a mesma história sobre o cachorro dele em casa). Tem algo mágico em comer comida feita na lenha enquanto suas botas secam perto do fogo — tudo fica mais gostoso. Adormeci ouvindo alguém cantarolando baixinho uma canção folclórica antiga — ou será que sonhei isso?
No terceiro dia minhas pernas já estavam doloridas, mas não queria que acabasse tão cedo. Os gauchos brincavam dizendo que quem vem da cidade anda estranho depois de montar (“mañana vas a caminar como pingüino,” riu o Martín). Quando finalmente nos despedimos, ele me deu uma pedrinha que encontrou no caminho como lembrança. Ainda está na minha mesa — meio boba, talvez, mas me traz de volta aquela sensação de estar num lugar selvagem e longe de tudo que eu conheço.
O passeio dura três dias no total.
Sim, café da manhã, almoço, jantar e lanches são oferecidos todos os dias.
Sim, transporte privado para buscar e levar está incluído.
O passeio é guiado por gauchos locais que compartilham sua cultura durante o trajeto.
É possível avistar animais nativos como condores e guanacos durante o passeio.
O peso máximo permitido é de 95kg.
Sim, exceto para quem tem lesões na coluna ou problemas cardiovasculares graves.
Sim, animais de serviço são permitidos neste passeio.
Sua jornada inclui transporte privado desde Mendoza, todas as refeições (cafés da manhã, almoços, jantares), lanches durante o trajeto, noites acampando sob o céu dos Andes com jantares preparados na fogueira pelos guias, além da companhia e orientação dos gauchos locais durante os três dias de cavalgada.
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