Você vai viajar de Bishkek por lagos alpinos e vales, dormir em yurts sob céus abertos, andar a cavalo pelo lago Issyk-Kul e compartilhar refeições com famílias locais. Com seu guia cuidando da logística (incluindo transfer e entradas), você pode se concentrar em absorver a cultura quirguiz — de shows de caça com águia a oficinas de feltro — e aproveitar aquelas manhãs silenciosas nas montanhas que vão ficar na memória.
Confesso que não sabia bem o que esperar quando chegamos em Bishkek. Era uma mistura de ansiedade e empolgação, como o primeiro dia de aula, só que com montanhas no lugar das salas. Nosso guia, Aibek, nos recebeu no aeroporto com um sorriso que parecia de amigo antigo. A viagem até o Parque Nacional Ala-Archa foi curta, mas parecia que estávamos entrando em outro mundo — o cheiro de pinho no ar, a neve ainda grudada nos picos, mesmo sendo junho. Fizemos uma trilha leve (nada radical), só o suficiente para sujar as botas e perceber como o silêncio domina, só quebrado pelo som do rio lá embaixo.
No dia seguinte, depois de um café da manhã simples, com pão fresquinho e chá forte (até hoje sinto falta daquele pão), seguimos para o lago Song-Kul. Parar na Torre Burana foi um daqueles momentos em que a história parece palpável — dá para tocar nas pedras e imaginar os mercadores passando ali há mil anos. No fim da tarde, chegamos ao Song-Kul: o vento soprando forte nas planícies, cavalos pastando por toda parte, e nosso acampamento de yurts à beira do lago. Jantar dentro da yurt com famílias locais — risadas ecoando enquanto alguém tentava (e falhava) tocar komuz — ficou marcado na memória.
Andar a cavalo pela margem sul do Issyk-Kul foi ao mesmo tempo tranquilo e um pouco assustador (não sou exatamente um cavaleiro nato). A vila de Kochkor nos levou a uma oficina de feltragem; minha tentativa de enrolar lã rendeu mais risadas do que elogios das mulheres. A caça com águia em Bokonbaeva foi intensa — ver aquele pássaro mergulhando de perto não tem comparação com a TV. O guia explicou como esse saber é passado de geração em geração; Li riu quando tentei falar “berkutchi” em quirguiz — provavelmente deturpei tudo.
Entre a caminhada pelas rochas vermelhas do cânion Skazka e o banho nas águas termais de Altyn-Arashan (vapor subindo enquanto a chuva batia no telhado), percebi que essa viagem é feita de pequenos momentos: damascos colhidos direto de uma barraca na estrada, o silêncio só quebrado pelo som dos sinos das ovelhas ao entardecer, ou ver os mais velhos jogando xadrez em frente à mesquita de Karakol. Os dias se misturaram de um jeito bom — cada refeição compartilhada ou montanha cruzada era mais uma camada na história.
Se está pensando nesse tour de 10 dias pelo Quirguistão, saiba que não é só sobre riscar pontos turísticos (apesar de ver muitos). É sobre se deixar surpreender pelo calor das pessoas e por paisagens que não ligam se você está preparado ou não. Ainda lembro daquela vista do Issyk-Kul ao pôr do sol — todo dourado, azul e vento — e me pergunto se vou ver algo parecido outra vez.
O tour tem duração total de 10 dias.
Sim, o alojamento está incluído; você ficará em hotéis, pousadas e yurts tradicionais.
As refeições estão incluídas conforme indicado; normalmente café da manhã e jantar são oferecidos todos os dias.
Sim, há passeios a cavalo ao redor do lago Song-Kul no roteiro.
Sim, passaremos vários dias explorando as margens sul e norte do lago Issyk-Kul.
Sim, o transfer do aeroporto de Bishkek ou Manas está incluído no começo da viagem.
Todas as taxas de entrada para museus e parques nacionais estão incluídas na sua reserva.
É recomendado ter preparo físico moderado para as caminhadas e atividades.
Sua viagem inclui transfer do aeroporto ou hotel em Bishkek, todas as entradas para museus e parques nacionais ao longo do caminho, hospedagem em hotéis, pousadas ou yurts (com barracas e equipamentos para dormir quando necessário), além de café da manhã e jantar diários para você focar em aproveitar a hospitalidade quirguiz sem se preocupar com a logística.
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