Você vai rodar pela costa oeste selvagem da Madeira em um sidecar vintage com um guia local que conhece cada curva da estrada. Prepare-se para paradas no porto de Câmara de Lobos, vistas de tirar o fôlego na plataforma de vidro de Cabo Girão, plantações de banana e cana-de-açúcar, além de tempo para uma poncha em Calheta — todos aqueles pequenos momentos que ficam na memória muito depois da viagem.
Vou ser sincero — quase desisti quando vi as nuvens chegando sobre o Funchal naquela manhã. Mas nosso guia João só sorriu e me entregou um capacete, dizendo que o tempo muda a cada vinte minutos na costa oeste. E ele estava certo. Quando passamos por Câmara de Lobos naquele sidecar (que é muito mais divertido do que parece), o ar já tinha cheiro de peixe assado e diesel, e os velhinhos discutiam animados jogando cartas na beira do porto. João acenou para eles — pelo jeito, todo mundo o conhece por ali.
A estrada até Cabo Girão foi mais íngreme do que eu imaginava. Em um momento, achei que íamos tombar para trás, mas João riu e disse para a gente se inclinar para frente “como bananas crescendo ladeira acima”. A plataforma de vidro no topo é... bem, é alta mesmo. 580 metros não parecem muito até você ficar lá em cima, com os pés formigando, olhando direto para os barquinhos lá embaixo. Minha parceira tentou tirar uma selfie, mas pegou mais meu rosto assustado (até hoje dou risada disso). O vento lá em cima tem um gosto salgado e cortante — não sei como explicar melhor.
Depois, seguimos em ziguezague por plantações de banana, desviando de tratores e levando uns respingos de chuva por uns cinco minutos, até o sol voltar a aparecer. O vale da Serra D’água parecia até de mentira com tanto verde depois da tempestade. João não parava de apontar detalhes — plantações de cana-de-açúcar, um cachorro latindo no telhado de alguém, até um atalho que ele pegou porque “a estrada principal é sem graça”. Em Calheta, paramos para tomar poncha num bar onde ninguém falava inglês, mas todo mundo sorria de qualquer jeito. Tem até uma praia de areia dourada artificial — não era o que eu imaginava da Madeira, mas de algum jeito combinou.
Não esperava sentir tanta coisa só por andar num sidecar antigo durante meio dia. Talvez fossem as histórias do João ou só o fato de ver a ilha tão perto do chão — seja como for, às vezes ainda me pego lembrando daquela vista de Cabo Girão quando estou preso no trânsito em casa.
Sim, o traslado está incluso como parte da experiência privada.
O sidecar comporta duas pessoas: uma no próprio sidecar e outra atrás do piloto na moto.
Sim, todos recebem capacetes e capas de chuva descartáveis, se necessário.
As paradas principais são a vila de Câmara de Lobos, o mirante da falésia de Cabo Girão, o vale da Serra D’água, plantações de banana e a praia de Calheta com sua fábrica de rum.
O passeio é acessível para cadeirantes e crianças pequenas podem ir em carrinhos; bebês devem ficar no colo de um adulto.
O seu dia inclui traslado com motorista-guia local, todos os impostos e taxas, seguro durante o passeio, capacetes (e capas de chuva se precisar), além de muitas histórias e paradas para fotos antes de voltar ao ponto de partida.
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