Você vai navegar pelo Lago Titicaca para visitar as Ilhas Flutuantes Uros — andando sobre juncos e conhecendo famílias que vivem nelas — e depois seguir para a Ilha Taquile para um almoço caseiro e histórias dos artesãos locais. Prepare-se para surpresas: novos sabores, silêncios diferentes, risadas com erros de idioma... tudo com transporte do hotel e logística organizada para você curtir sem preocupações.
A primeira coisa que me marcou foram os juncos — dourados, macios sob meus pés, e aquele cheiro terroso leve quando desembarcamos nas Ilhas Flutuantes Uros. Nossa guia, Rosa, riu quando eu quase perdi o equilíbrio (é meio instável, juro), e logo nos apresentou à Señora Julia e sua família. Eles nos acenaram com sorrisos largos e distribuíram pequenos pedaços de totora — eu até mastiguei um por curiosidade. Tinha gosto de pepino, só que um pouco mais doce. O ar estava frio, mas claro; dava pra ouvir a água batendo toda vez que alguém se mexia.
Não esperava que fosse tão silencioso ali. Mesmo em grupo, havia um silêncio entre as conversas — só música distante de outra ilha e o som das saias das mulheres roçando nos juncos. Julia mostrou como constroem suas casas, camada por camada; ela falou em aimará no começo (peguei umas duas palavras), depois passou para o espanhol para a Rosa traduzir. Tinha a opção de andar num barco tradicional de totora por 10 soles — fiz mais pela novidade, mas ficar ali, baixinho na água, vendo as crianças acenando de suas ilhas, foi surpreendentemente tranquilo. Ainda carimbei o passaporte; provavelmente não precisava, mas virou uma lembrança meio inusitada.
A viagem de barco até a Ilha Taquile demorou mais do que eu pensava (cerca de uma hora), mas acabei no deck superior com mais gente, vento no rosto e o sol começando a queimar. Em Taquile, subimos degraus de pedra passando por colinas em terraços onde ovelhas pastavam preguiçosas. O almoço foi truta — fresca do lago — com batatas e um chá de hortelã que lembrava ervas silvestres. Os homens daqui tricotam gorros enquanto caminham (sério), e um chamado Mateo me mostrou seu chullo pela metade, explicando os significados dos desenhos na tradição quéchua. É engraçado como as mãos contam histórias melhor que palavras às vezes.
No fim da tarde, voltamos de barco para Puno. Meus sapatos ainda cheiravam a totora e água do lago. Tem algo em ver uma vida construída literalmente sobre a água que fica na memória — não sei se vou esquecer aqueles momentos silenciosos entre as ilhas ou a risada da Julia quando tentei falar “sumaq” (bonito) e acabei falando tudo errado.
O tour começa por volta das 7h com retirada no hotel em Puno e retorna por volta das 16h30.
Sim, o almoço está incluso em um restaurante local na Ilha Taquile.
Sim, todas as taxas de entrada estão inclusas no preço do passeio.
Sim, há retirada nos hotéis localizados no centro histórico de Puno.
Sim, é possível fazer um passeio de totora por 10 soles extras.
O passeio conta com guia bilíngue que fala inglês e espanhol.
O passeio é adequado para a maioria das pessoas, mas não é recomendado para quem tem problemas cardíacos devido à caminhada e altitude.
Sim, você pode carimbar seu passaporte como lembrança nas Ilhas Uros, se quiser.
O dia inclui retirada no seu hotel no centro histórico de Puno, todas as entradas para as Ilhas Flutuantes Uros e Ilha Taquile, guia bilíngue inglês-espanhol durante todo o passeio, almoço em restaurante local na Taquile (com peixe fresco, se desejar), além do transporte de volta ao hotel após o desembarque no píer de Puno à noite.
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