Comece antes do amanhecer em Arequipa, veja condores voando nas falésias do Colca Canyon, faça trilhas por vilarejos escondidos, nade em um oásis sob palmeiras e suba de volta com as pernas cansadas, mas o coração cheio. Refeições simples e reforçadas, guia local que mantém tudo real, e vistas que valem cada passo.
Já estávamos horas na estrada quando a van parou naquele lugar que todo mundo chama de “Cruz do Condor”. Ainda era cedo — eu sentia o cheiro de terra fria e café na jaqueta. Nosso guia, Rafael, sorriu e apontou para cima bem na hora em que dois pássaros enormes deslizaram sobre a borda do cânion. Não esperava me sentir tão pequeno vendo eles flutuando no ar assim. Alguém ao meu lado sussurrou algo sobre sorte — acho que todos sentimos isso. Depois seguimos para Cabanaconde, onde o café da manhã foi pão com geleia numa mesa de plástico, com o sol começando a esquentar.
A descida começou silenciosa. O caminho para o Colca Canyon é cheio de poeira e pedras soltas sob as botas, com cactos por todo lado e uns velhinhos guiando burros morro acima (eles acenavam, mas não paravam). Rafael caminhava junto, contando histórias da casa da avó dele no vale — parece que ela faz uma chicha que derruba qualquer um. Meus joelhos já reclamavam quando chegamos em San Juan de Chuccho para o almoço. Teve sopa com batata (não sei qual tipo) e um pouco de frango; até hoje lembro do sabor doce das laranjas depois de tanta caminhada. O jantar foi simples, mas ninguém ligou — estávamos exaustos.
No dia seguinte o sol brilhou mais forte. Seguimos para o Oásis de Sangalle — mais verde do que eu esperava, com palmeiras e aquele azul forte da piscina. Alguns pularam direto na água; eu só molhei os pés porque, pra ser sincero, estava gelada demais. A luz do fim da tarde deixava tudo dourado ao redor enquanto Rafael tentava ensinar umas palavras em quíchua (eu estraguei todas). À noite jantamos ao ar livre; teve risada, mas também aquele cansaço tranquilo que é bom de sentir.
Subir antes do amanhecer é algo que só dá pra entender fazendo — três horas seguidas subindo em ziguezague, só com a lanterna de cabeça e a teimosia que sobrou. No topo, em Cabanaconde, tem café quente de novo, e o pessoal se abraça ou fica olhando o Colca Canyon como quem não acredita que conseguiu. No caminho de volta para Arequipa paramos nas águas termais perto de Chivay; minhas pernas quase recusaram voltar para o ônibus depois daquele banho. Até hoje penso naqueles condores girando lá no alto no primeiro dia — parecia outro mundo.
A trilha dura 3 dias e 2 noites saindo de Arequipa.
Sim, o transporte do seu hotel em Arequipa está incluído.
Sim, há uma parada na Cruz do Condor para observar os condores sobrevoando o cânion.
Sim, café da manhã, almoço e jantar estão incluídos durante toda a trilha.
É recomendado ter preparo físico moderado devido às descidas e subidas íngremes.
Sim, são duas noites de hospedagem simples ao longo do percurso.
Sim, o transporte de ida e volta entre Arequipa e Cabanaconde está incluído.
Sim, há uma parada nas águas termais perto de Chivay no retorno.
Seu passeio inclui transporte do hotel em Arequipa antes do amanhecer, ida e volta de ônibus ou van até Cabanaconde com paradas em mirantes, incluindo a Cruz do Condor para observação de aves. Todas as refeições — três cafés da manhã, dois almoços, dois jantares — além de duas noites de hospedagem rústica estão incluídas, com um guia local experiente durante toda a aventura no Colca Canyon, retornando a Arequipa à noite.
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