Você vai subir as encostas vulcânicas acima de Arequipa com um guia local, sentindo o ar da altitude e vendo ervas silvestres pelo caminho. Transporte 4x4 privado, tempo para assistir o pôr do sol sobre os telhados da cidade antes de voltar — é desafiador, mas transforma a gente por dentro.
A primeira coisa que me chamou atenção foi como a luz iluminava as encostas do Vulcão Misti — uma cor pálida, quase como se tivessem polvilhado farinha sobre a montanha inteira. Nosso motorista, Arturo, nos buscou em Arequipa logo depois do almoço; ele brincou que iríamos “conhecer o cavalheiro” (é o que ‘Misti’ significa em Quéchua) e nos avisou para não subestimar a altitude. Eu já sentia o peso no peito enquanto balançávamos no 4x4 rumo ao início da trilha — são só 23 km da cidade, mas parece um mundo completamente diferente.
A nossa guia, Rosa, manteve um ritmo constante. Ela apontava ervas silvestres pelo caminho — tentei cheirar uma e espirrei tão alto que ela riu e disse que provavelmente tinha acordado o Pichu Pichu do outro lado do vale. O ar era seco e cortante, e de vez em quando dava para sentir um cheiro de enxofre ou algo metálico no vento. Passamos por alguns pastores com seus rebanhos; um deles acenou sem parar de conversar com o amigo. É curioso como o silêncio reina lá em cima, só quebrado por pequenos sons — botas na pedra, alguém ofegando, Rosa cantando baixinho.
Não esperava me sentir tão pequeno olhando para Arequipa lá de cima do El Misti. A cidade parecia delicada vista de longe — toda feita de pedra branca e telhados vermelhos, encaixada naquele vale verde enquanto aquelas montanhas gigantes vigiam tudo. Paramos para beber água e vimos as nuvens passeando ao redor do Chachani na distância. Se você está pensando em fazer esse trekking de meio dia no Misti saindo de Arequipa, aviso: mesmo que esteja em forma, a altitude não é brincadeira. Mas tem uma calma estranha lá em cima — talvez seja estar tão longe da rotina por algumas horas.
Não chegamos até o acampamento base (Rosa disse que a maioria não chega em um trekking curto), mas, sinceramente? Sentar naquela pedra no pôr do sol, com as pernas tremendo e as mãos cheias de poeira, já valeu demais. A luz dourada tomou conta de Arequipa e alguém me ofereceu um pedaço de chocolate — o melhor que comi na semana toda. Às vezes ainda lembro daquela vista quando o barulho volta lá em casa.
O trekking dura cerca de 6 horas no total, incluindo o transporte saindo de Arequipa.
Sim, o serviço privado inclui busca no hotel em Arequipa, desde que confirmado na reserva.
A subida vai até o ponto que cada participante consegue em 3 horas de subida; o cume completo não é alcançado neste passeio de meio dia.
Não é necessário conhecimento técnico, mas é recomendada boa forma física devido à altitude e terreno.
O período da tarde é ideal na estação seca (abril a dezembro); nas chuvas, as manhãs são melhores.
Não, leve lanches e água para manter a energia durante a caminhada.
Um veículo 4x4 privado leva você direto de Arequipa até o ponto de partida da trilha.
Não é recomendado para gestantes, pessoas com problemas na coluna ou com saúde cardiovascular fragilizada.
Seu dia inclui transporte privado em veículo 4x4 saindo de Arequipa (com pickup no hotel se combinado), todas as taxas pagas, além de um guia de trekking que conhece bem o caminho, e o retorno ao ponto de encontro na cidade.
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