Você vai atravessar de ferry para o cenário fumegante de Orakei Korako e fazer uma caminhada geotérmica autoguiada—veja gêiseres em erupção, explore trilhas na mata nativa e respire o ar mineral perto de cavernas raras. Vá no seu ritmo; aqui ninguém te apressa. É um daqueles lugares onde a Nova Zelândia mostra sua natureza selvagem e tranquila.
A primeira coisa que me chamou atenção foi o vapor subindo da água enquanto nosso pequeno ferry cruzava para Orakei Korako. Não fica longe de Rotorua ou Taupo, mas parecia que tínhamos entrado em outro mundo—só nós, alguns poucos viajantes e aquele som constante de chiado vindo do meio da mata. O cara que pilotava o barco (acho que se chamava Dave?) nos deu um aceno rápido e disse que voltaria quando o chamássemos. Sem horários, só quando estivéssemos prontos. Isso já deu o tom—ninguém aqui te pressiona.
Não esperava encontrar cores tão vibrantes—parecia que alguém tinha derramado tinta sobre os terraços. O chão parecia quase vivo sob minhas botas, quente em alguns pontos, seco e crocante em outros. Tinha placas explicando sobre os gêiseres (são até 23 ativos por aqui, pelo que disseram), mas o melhor mesmo era andar sem pressa, parando sempre que algo chamava a atenção—uma piscina borbulhante, ou aquele cheiro estranho de ovo podre que aparece do nada. Em um momento tentei falar “Orakei Korako” em voz alta; uma moradora local perto de mim sorriu e fez joinha, o que provavelmente queria dizer que eu pronunciei errado, mas que gostou da tentativa.
A trilha tem cerca de 2,5 km se fizer o circuito completo—levamos mais ou menos uma hora e pouco porque ficamos parando bastante. Tem uma caverna térmica escondida no meio do caminho; coloquei a cabeça lá dentro e fui recebido por uma onda de ar quente e mineral (um cheiro meio doce e terroso, difícil de explicar). A mata nativa ao redor abafava todos os sons, exceto o canto dos pássaros e os estalos ocasionais das piscinas de lama. Meus sapatos ficaram com um pó branco que até hoje não consegui tirar totalmente.
Quando acenei para o ferry de volta, a bateria do meu celular já estava quase no fim de tanta foto—e, sinceramente, nenhuma delas conseguiu capturar o quão estranho e tranquilo aquele lugar era. Se você estiver perto de Rotorua ou Taupo e quiser algo que não pareça montado ou cheio de gente, essa caminhada geotérmica em Orakei Korako vale muito a pena reservar algumas horas. Ainda me pego pensando nas cores que mudavam enquanto estou preso na rotina do escritório.
A caminhada autoguiada tem cerca de 2,5 km e costuma levar entre 1 e 1,5 horas para ser feita.
Sim, o ingresso inclui as travessias de ferry de ida e volta, que funcionam sob demanda durante o horário de funcionamento.
Orakei Korako está localizado entre Rotorua e Taupo, na Ilha Norte central da Nova Zelândia.
Sim, crianças podem visitar, mas precisam estar acompanhadas por um adulto durante o passeio.
Não, o passeio é autoguiado, com placas ao longo do caminho que explicam as características do local.
Use roupas adequadas ao clima e calçados confortáveis e resistentes, pois o terreno é irregular.
Sim, está aberto 365 dias por ano, das 8h às 16h30, inclusive no Natal.
O passeio não é recomendado para pessoas com problemas cardiovasculares; é necessário ter condicionamento físico moderado.
Seu dia inclui travessias de ferry de ida e volta sob demanda pelo Lago Ohakuri para chegar a Orakei Korako, entrada para todas as trilhas e atrações geotérmicas—terraços de sílica, fontes termais, piscinas de lama, trilhas na mata nativa e até uma rara caverna térmica—tudo no seu ritmo, antes de pegar o barco de volta quando quiser.
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