Você embarca na icônica estação de Dunedin e segue para o interior de Otago no Taieri Gorge Railway, cruzando viadutos históricos e túneis esculpidos à mão, com comentários ao vivo. Dá para explorar Pukerangi e curtir paisagens selvagens que só quem viaja de trem conhece. Prepare-se para surpresas simples — um café quentinho, histórias reais — e vistas que ficam na lembrança muito depois do retorno.
Já imaginou como é deixar Dunedin para trás e simplesmente deixar o trem te levar pelas paisagens de Otago? Eu não sabia o que esperar, para ser sincero. A Estação Ferroviária de Dunedin já estava cheia quando chegamos — alguém comentou que é o segundo prédio mais fotografado do Hemisfério Sul (acredito, depois de ver tanta gente posando nas escadarias). Tínhamos um tempo antes do embarque e subimos para ver o piso de mosaico — meio hipnotizante se você ficar olhando muito tempo. O ar tinha um leve cheiro de pedra antiga misturado com café vindo de algum lugar perto.
O trem em si — o Taieri Gorge Railway — não é luxuoso, mas tem um clima acolhedor, como se todo mundo estivesse animado, só que na calma. Nosso lugar era ao lado de uma janela que abria só um pouco, deixando entrar o ar fresco e o aroma ocasional de tomilho selvagem. O guia já começou a contar histórias; lembro dele rindo ao falar que aqui tem mais ovelhas do que gente (não é brincadeira, pelo visto). Quando passamos pelo Viaduto Wingatui (que é enorme, aliás — nunca tinha reparado direito em ferro forjado até hoje), dava para sentir todo mundo se inclinando para olhar pela janela. Tem algo em atravessar essas pontes antigas que faz você segurar firme o assento.
Perdi a conta de quantos túneis cruzamos — uns dez, talvez? Todos esculpidos à mão, o que parece impossível até você ver de perto as paredes irregulares quando a luz do dia volta a entrar. Em Pukerangi paramos para respirar; não é bem uma cidade, mais um pedaço de céu e grama com vento que cheira a ar puro. A galera esticou as pernas e trocou histórias — um casal de Christchurch já tinha feito essa viagem três vezes. Agora entendo o porquê.
Na volta comprei um chá no vagão café (queimei a língua porque fui apressado) e fiquei vendo as sombras se espalharem pelas colinas. O comentário ao vivo foi se misturando ao papo da galera, mas eu não parava de pensar naqueles engenheiros pioneiros abrindo caminho na pedra. Não é nada dramático — só fica na memória, especialmente quando você volta para Dunedin com a luz mudando lá fora. Difícil explicar se você não viveu.
A viagem de ida e volta entre Dunedin e Pukerangi leva cerca de 5 horas.
A partida é na Estação Ferroviária de Dunedin, bem no centro da cidade.
Sim, há comentários ao vivo a bordo, contando história e curiosidades locais.
Sim, há um café/bar a bordo onde você pode comprar lanches e bebidas.
Sim, os assentos são reservados na compra; confira seu bilhete para detalhes.
A acessibilidade para cadeirantes é limitada; entre em contato com Dunedin Railways com pelo menos 72 horas de antecedência para verificar disponibilidade.
O passeio acontece em qualquer condição climática; vista-se adequadamente para o tempo variável.
Crianças até 14 anos devem estar acompanhadas por um adulto durante toda a viagem.
Seu dia inclui um passeio de trem panorâmico de ida e volta saindo de Dunedin, com comentários ao vivo durante todo o trajeto, além de acesso ao café/bar a bordo para lanches e bebidas, retornando com conforto à estação de Dunedin.
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