Você vai seguir antigas trilhas de pedra por florestas de rododendros, trocar risadas com os locais tomando um chai doce e assistir ao nascer do sol iluminando os picos do Annapurna do alto do Poon Hill. Com um guia local cuidando das permissões e transporte, além de pousadas aconchegantes nas montanhas, você só precisa se preocupar em caminhar — mesmo que as pernas reclamem depois.
A primeira coisa que lembro é do som das botas batendo nas pedras — as nossas e de mais uma dúzia de pessoas, ecoando pelas ruas estreitas de Nayapul enquanto começávamos a caminhada. Nosso guia, Prakash, sorriu ao ver minha mochila lotada demais (ele tinha razão, eu não precisava de metade daquilo). O ar cheirava a folhas molhadas e fumaça de lenha vindo do fogo do café da manhã de alguém. Mal havíamos saído de Pokhara naquela manhã e tudo já parecia diferente — mais silencioso, exceto pelo som do rio lá embaixo e o ocasional galo cantando sua opinião.
Eu não estava preparado para a subida íngreme de Ulleri. Tem um trecho longo de degraus de pedra que parece não ter fim — pra ser sincero, perdi a conta depois de um tempo. Paramos numa pequena casa de chá onde uma senhora me ofereceu um chai doce numa caneca lascada. Ela riu do meu rosto vermelho e disse algo para o Prakash; ele traduziu: “Ela diz que você anda como quem é da cidade.” Justo. Os rododendros começavam a florescer — manchas vermelhas contrastando com todo aquele verde. Choveu um pouco, não o suficiente para nos molhar, mas o bastante para deixar o cheiro da terra forte e vivo.
Chegamos em Ghorepani no fim da tarde, pernas bambas mas o ânimo lá em cima (ou talvez só delirando). A pousada era simples, mas aconchegante, com cobertores grossos e dal bhat no jantar. Todo mundo parecia se recolher cedo — talvez guardando energia para a subida ao Poon Hill ao amanhecer. A caminhada foi no escuro, com lanternas balançando à frente como vaga-lumes. No topo, o pessoal ficou em silêncio enquanto o céu ficava rosa atrás do Dhaulagiri e Annapurna Sul. Alguém ao meu lado sussurrou “vale a pena” — não poderia concordar mais.
Depois do café da manhã na pousada (ovos nunca pareceram tão gostosos), descemos por florestas que cheiravam a agulhas de pinheiro e musgo úmido. Crianças acenavam do vilarejo de Ghandruk; uma delas tentou me ensinar um cumprimento em nepalês, mas acho que estraguei — ele só riu mesmo. Quando chegamos em Kliu para pegar a carona de volta a Pokhara, minhas pernas estavam mole como gelatina, mas a cabeça clara como há muito tempo não sentia. Ainda penso naquela vista do Poon Hill quando o barulho da cidade fica demais.
O trekking geralmente dura 5 dias, incluindo o deslocamento a partir de Pokhara.
Sim, é considerado curto e acessível para iniciantes e famílias.
O trekking começa em Nayapul, após um trajeto de carro saindo de Pokhara.
Você verá Dhaulagiri, Annapurna I e Sul, Fishtail (Machhapuchhre), Himchuli e outras.
Sim, o pacote inclui a permissão ACAP e o cartão TIMS.
Você ficará 2 noites em hotéis em Pokhara e 3 noites em pousadas nas montanhas.
Sim, há um ônibus turístico de Kathmandu a Pokhara, e transporte privado local durante o trekking.
Seu pacote inclui duas noites em hotel em Pokhara e três noites em pousadas simples nas montanhas ao longo do caminho. Todas as permissões necessárias para o trekking são providenciadas pelo seu guia local. O transporte privado cobre os trajetos entre Pokhara e os pontos de início das trilhas, além do ônibus turístico de Kathmandu a Pokhara no começo — assim você pode focar em caminhar (e recuperar o fôlego) sem se preocupar com a logística.
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