Viva 15 dias de trekking no circuito Annapurna, guiado por uma família local desde Kathmandu, passando por vilarejos, cachoeiras e altos passos. Aprenda um pouco de nepali, relaxe nas fontes termais de Tatopani após longas caminhadas e compartilhe risadas em refeições caseiras — momentos que vão ficar com você muito depois das botas limpas.
A primeira coisa que deu errado foi minha mochila — eu tinha levado peso demais, e nosso guia, o Suman, só sorriu e falou: “Você vai aprender a amar carregar menos.” E ele estava certo. Saímos cedo de Kathmandu rumo a Bulbule, apertados num ônibus com músicas nepalesas tocando alto e o cheiro de salgadinhos fritos vindo da lancheira de alguém. A estrada acompanhava o rio Marshyangdi quase o tempo todo; perdi a conta de quantas vezes cruzamos suas pontes suspensas meio bambas. A prima do Suman, a Li, tentou me ensinar a dizer “cachoeira” em nepali quando passamos por uma — eu arruinei a palavra, mas ela riu e bateu palmas mesmo assim.
Cada dia no trekking pelo circuito Annapurna tinha um sabor diferente. Algumas manhãs eram tão frias que minha respiração ficava visível; outras tardes caminhávamos por vilarejos onde crianças corriam para gritar “namaste!” e senhoras vendiam maçãs em cestas. Em Manang, tiramos um dia para aclimatação — o Suman insistiu que tomássemos chá doce num monastério pequenino (até hoje lembro daquele sabor), e apontou o lago Gangapurna brilhando sob um céu tão azul que parecia mentira. Teve um momento fora de Braga em que o vento aumentou e as bandeiras de oração estalaram no ar; parei de andar por um instante porque parecia que tudo ao redor ficou em silêncio.
A subida até o passo Thorong La foi dura — não tem jeito. Começamos antes do sol nascer, com as lanternas na cabeça balançando enquanto todo mundo subia devagar e com cuidado. No topo (5.416 metros!), as pessoas se abraçavam ou ficavam olhando as montanhas em silêncio. Minhas pernas tremiam, mas eu me sentia estranhamente leve. Descendo para Muktinath, vimos peregrinos girando rodas de oração e, depois, em Tatopani, o vapor das fontes termais — sentar naquela água depois de dias de poeira foi como apertar um botão mágico de reset.
Não esperava aprender tanto nepali no caminho (a Li me testava toda hora durante os jantares de dal bhat), nem rir tanto tentando explicar o que é pasta de amendoim para quem nunca tinha provado. A equipe familiar fez tudo parecer menos uma transação e mais um convite para algo pessoal — mesmo quando minhas botas encharcaram ou me perdi num labirinto de rododendros perto de Ghorepani. Na última manhã, em Poon Hill, vendo o sol derramar luz sobre o Dhaulagiri... você sabe como algumas paisagens ficam pra sempre na memória? Essa é uma delas.
O circuito completo descrito aqui dura 15 dias, começando em Kathmandu e terminando em Pokhara, com retorno de ônibus.
Sim, o serviço inclui transporte de e para o aeroporto internacional.
Sim, todos os permissos necessários (ACAP e TIMS) estão incluídos no pacote.
Você ficará em lodges confortáveis todas as noites ao longo do percurso.
Um almoço ou jantar de despedida está incluído; as refeições diárias geralmente são compradas nos lodges.
Seu guia é local e faz parte de uma equipe familiar; eles oferecem aulas informais de nepali durante a viagem.
Você usará ônibus públicos entre Kathmandu-Bulbule e Muktinath-Tatopani; também há carro privado de Nayapul a Pokhara.
É recomendado para quem tem condicionamento físico moderado; não é indicado para quem tem problemas na coluna ou no coração.
Sua experiência inclui transfer do aeroporto internacional, todos os permissos de trekking (ACAP & TIMS), transporte público entre pontos-chave (Kathmandu-Bulbule, Muktinath-Tatopani), hospedagem em lodges durante todo o circuito, guia local experiente em equipe familiar (com aulas de nepali), transfer privado de Nayapul a Pokhara no fim do trekking, ônibus turístico deluxe de volta a Kathmandu e uma refeição de despedida antes da partida.
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