Você vai caminhar pelas praças de Tiraspol com moradores locais, provar kvas direto da rua, subir na fortaleza de Bendery se estiver disposto (ou só curtir a vista) e trocar histórias durante o almoço numa cantina antiga. Com o Anton guiando pelos contrastes da Transnístria — não como guia, mas como amigo — você vai ver a vida daqui como ela realmente é.
A primeira coisa que o Anton fez foi me entregar um cartão postal que ele mesmo desenhou — Lenin com uma expressão séria, mas com flores aos seus pés. “Aqui a gente sempre cumprimenta o camarada Lenin,” ele sorriu, e eu dei risada porque não esperava que esse fosse nosso ponto de partida em Tiraspol. O silêncio dominava a praça, só quebrado por dois velhinhos jogando xadrez e o som distante de um trólebus passando. Não era um passeio armado; o Anton conhece todo mundo. Ele acenou para uma mulher vendendo girassóis e ela gritou algo em russo — ele traduziu: “Não esquece do kvas!”
Mais tarde experimentei o kvas (é tipo um refrigerante de pão, pra ser sincero), enquanto ficava sob um mural descascado e o Anton contava como os verões por aqui sempre têm aquele cheiro leve de fermento e poeira. Ele apontou o Palácio dos Pioneiros, e daí a gente saiu do roteiro — sem rota fixa, só seguindo o que chamava atenção. A palavra-chave aqui é passeio de um dia Transnístria; mas nunca foi só marcar pontos. Entramos num mercado onde os tomates estavam empilhados em pirâmides e um senhor insistiu que eu provasse seu alho em conserva. Minha boca queimou por um bom tempo depois disso — o Anton riu e disse que isso é sinal de que é bom.
Depois fomos para Bendery, com sua fortaleza no alto do rio Dniester. Subir na torre foi opcional (minhas pernas ainda lembram), mas a vista — telhados cinzas, campos verdes que pareciam não ter fim — ficou comigo. Tem um tanque memorial lá também, todo surrado mas cheio de orgulho; o Anton contou sobre a tripulação que perdeu na Hungria a caminho de Berlim. Às vezes ele ficava em silêncio no meio da história, deixando o clima assentar antes de continuar. O almoço foi na Stolovka USSR — uma cantina que parece ter parado no tempo: pratos lascados, endro por todo lado, gente comendo em silêncio, só um cara cantarolando uma música soviética antiga.
Teve momentos em que eu até esqueci que estávamos em um tour — tipo quando o Anton nos mostrou uma das suas vielas preferidas, onde o tempo parecia misturar passado e presente. Ele disse que a Pridnestrovie é mais complexa do que só “voltar à URSS” — e, depois de andar por aquelas ruas com ele, eu entendi o que quis dizer.
O tour dura cerca de 5 horas ou mais, dependendo das paradas e interesse do grupo.
Você pode começar em Chisinau ou se encontrar diretamente em Tiraspol.
Não há almoço incluso, mas geralmente há uma parada na cantina Stolovka USSR para uma refeição autêntica (por conta do visitante).
Não há taxas especiais; a maioria dos pontos são espaços públicos ou monumentos.
Sim, o transporte entre os locais é feito de carro e há caminhadas durante o passeio.
O tour é acessível para cadeirantes e adequado para todos os níveis de condicionamento; algumas subidas são opcionais.
Sim, é importante levar o passaporte para cruzar para a Transnístria saindo da Moldávia.
O tour é conduzido principalmente em inglês; o Anton também fala russo.
Seu dia inclui transporte para buscar em Chisinau ou encontro em Tiraspol, todo o transporte local de carro e caminhadas com o Anton como seu guia local. Você vai ganhar um cartão postal desenhado por ele de lembrança e terá várias chances de provar comidas de rua como o kvas ou fazer uma parada para almoço na Stolovka USSR antes de voltar.
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