Você vai caminhar pelas ruas sinuosas de San Miguel de Allende com um guia certificado que conhece todo mundo e tudo — ou pelo menos sabe rir quando não sabe. Espere histórias por trás das igrejas antigas, pátios secretos que viraram centros de arte, cores vibrantes por toda parte e pequenos momentos que ficam na memória muito depois do passeio.
“As pedras daqui guardam todas as memórias,” disse nossa guia Ana, batendo o sapato na rua irregular bem em frente à Parroquia de San Miguel Arcangel. No começo, não entendi muito bem, mas no fim da manhã comecei a captar o que ela queria dizer. Mal tínhamos andado dois quarteirões quando ela acenou para uma vizinha vendendo tamales (o cheiro — de milho doce — fez meu estômago roncar) e depois apontou uma porta pintada de azul “para dar sorte”. A cidade parecia viva de um jeito que eu não esperava — como se cada canto quisesse contar algo, só precisássemos desacelerar para ouvir.
O percurso não era longo — uns dois quilômetros, talvez? — mas paramos bastante. No antigo convento que hoje é um centro de arte, Ana nos contou sobre as freiras que andavam por aqueles corredores séculos atrás. Teve um momento lá dentro em que o ar parecia mais fresco, quase úmido, e a luz do pátio refletia nos afrescos desbotados. Alguém perguntou sobre os sinos tocando ao longe; Ana sorriu e disse que provavelmente era um casamento ou talvez a hora do almoço (ela deu de ombros, como se as duas opções fossem igualmente prováveis). Gostei que ela não fingia saber tudo.
Passamos por praças onde as pessoas sentavam nos bancos, cochichando em espanhol tão rápido que eu só pegava umas poucas palavras. A Igreja do Oratório tinha portas de madeira entalhada, tão gastas que pareciam lisas de tanto toque — encostei sem pensar e levei um pequeno espinho (minúsculo). Ana riu e me entregou um lenço. Foram detalhes assim — ela saber onde parar para pegar sombra ou como desviar do trânsito perto da Plaza Cívica — que me fizeram sentir menos turista e mais alguém sendo convidado a conhecer os segredos locais.
Quando chegamos à igreja de San Francisco, já tinha perdido a conta de quantas vezes tentei (e falhei) pronunciar “Allende” direito. Ana me provocou com carinho, mas também contou sobre Ignacio Allende — o nome por trás da cidade — e por que ele é tão importante aqui. De pé sob os pináculos cor-de-rosa da Parroquia de San Miguel Arcangel no fim do passeio, com o sol deixando tudo quase ofuscante, pensei no que Ana disse no começo. As pedras realmente guardam histórias. Às vezes, só precisamos de alguém paciente para nos ajudar a ouvir.
O passeio cobre vários pontos principais do centro de San Miguel de Allende em algumas horas, num ritmo tranquilo.
Não, não há busca no hotel; você encontra seu guia certificado na cidade para começar o passeio a pé.
Você vai visitar a Parroquia de San Miguel Arcangel, antigos conventos que hoje são centros de arte, a Igreja do Oratório, a Igreja de Nossa Senhora da Saúde, a Plaza Cívica, a igreja de San Francisco e conhecer a história de Ignacio Allende.
Não, o roteiro não inclui paradas para refeições.
O passeio exige um nível moderado de preparo físico, pois anda-se por ruas irregulares; pode não ser indicado para quem tem problemas cardiovasculares.
Sim, animais de serviço são bem-vindos neste passeio histórico e cultural a pé.
Sim, você terá um guia federal certificado durante toda a caminhada.
Seu passeio da manhã inclui caminhar pelas ruas históricas com um guia federal certificado que compartilha histórias por trás de cada ponto — desde conventos que viraram centros de arte até igrejas icônicas — com várias pausas para perguntas ou descansos rápidos.
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