Você vai acordar cercado por nogueiras no Vale do Ourika, explorar o animado souk berbere de segunda-feira com seu guia, provar óleo de argan fresco numa cooperativa de mulheres, fazer trilha sombreada até as cachoeiras de Setti Fatma e compartilhar um tajine à beira do rio com os locais antes de voltar para Marrakech — provavelmente ainda pensando naquelas vistas de montanha.
A primeira coisa que me chamou atenção ao sair da van no Vale do Ourika foi o ar fresco — parecia que alguém tinha aberto uma janela depois de dias no calor de Marrakech. Nosso motorista, Hassan, sorriu ao ver minha surpresa e apontou as nogueiras que margeavam a estrada. Paramos numa cooperativa de óleo de argan administrada por mulheres; tentei moer uma noz eu mesma (não é tão fácil quanto parece), e uma das mulheres riu baixinho quando quase deixei cair. O cheiro lá dentro — meio amendoado, com um toque de ervas — ficou guardado na minha memória. Segunda-feira é dia de souk em Tnine-Ourika, e caminhamos entre as barracas onde os locais negociavam de tudo, desde hortelã até bules de estanho. Tentei agradecer em Tamazight, mas acho que errei feio; o vendedor só sorriu ainda mais.
Setti Fatma fica no fim de uma estrada sinuosa que vai ficando tão estreita que você duvida se dois carros passam lado a lado. Tem uma ponte de madeira sobre o rio — hesitei um pouco porque balançava, mas nosso guia Youssef acenou para eu seguir como se fosse nada. A caminhada até as cachoeiras dura cerca de uma hora e meia (leve tênis, sério), quase toda na sombra das nogueiras, que iam soltando folhas sobre meus ombros. Passamos por crianças brincando na água gelada e um senhor vendendo laranjas que descascava ali mesmo. Em um momento, Youssef apontou pequenas vilas agarradas às encostas do outro lado — disse que o primo dele mora em uma delas, mas eu não consegui identificar qual.
O almoço à beira do rio foi uma surpresa agradável — cadeiras de plástico meio enterradas nas pedras, pés pendurados quase tocando a água gelada, o vapor subindo das panelas de tajine enquanto todo mundo conversava animado em três línguas diferentes. Teve um instante em que o tempo pareceu desacelerar: o sol refletindo na água, um rádio tocando baixinho rio acima. Na volta, por outro caminho, tivemos vistas amplas do vale — campos em mosaico e terra vermelha contrastando com os choupos verdes — e pensei em como tudo isso está tão perto de Marrakech, mas ao mesmo tempo tão longe.
Leva cerca de 1 hora de carro de Marrakech até o Vale do Ourika.
Sim, a busca no hotel ou riad está inclusa para todos os hóspedes.
Recomenda-se tênis ou calçado confortável para a caminhada de 1h30.
Sim, o almoço é em um restaurante típico à beira do rio ou em uma casa berbere perto de Setti Fatma.
Sim, bebês e crianças pequenas são bem-vindos; carrinhos de bebê são aceitos.
O transporte é acessível para cadeirantes, mas algumas partes da trilha podem não ser adequadas.
O principal souk berbere acontece toda segunda-feira na vila de Tnine-Ourika.
A caminhada guiada dura cerca de 1 hora e 30 minutos em cada sentido, sob árvores que dão sombra.
Seu dia inclui busca no hotel ou riad em Marrakech, transporte até os pés do Atlas, acompanhamento de um guia local, visita a cooperativa de óleo de argan e casa berbere, tempo no souk de segunda-feira em Tnine-Ourika (se for nesse dia), trilha guiada sob nogueiras até as cachoeiras de Setti Fatma com vistas panorâmicas do vale na volta, além de almoço à beira dos rios antes de retornar no fim da tarde.
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