Você vai percorrer pomares e vilarejos berberes no Vale de Ourika, guiado por locais que conhecem cada curva da estrada. Espere almoços à beira do rio perto das cachoeiras de Setti Fatma e paradas espontâneas para comprar figos frescos ou tirar fotos. O ar da montanha é fresco, mesmo quando Marrakech está quente — você vai se sentir em outro mundo antes mesmo de chegar na metade do caminho.
O que mais me marcou no começo não foram as montanhas — foi o cheiro do chá de hortelã que invadia a van assim que saímos de Marrakech. Nosso motorista, Youssef, tinha o costume de cantarolar baixinho antigas músicas Chaabi que tocavam no rádio. Saímos da cidade em ziguezague, passando por aquelas paredes cor-de-rosa desgastadas, e de repente, havia pomares por toda parte. Lembro que paramos para fotos porque a luz batia perfeitamente numa fileira de damasqueiros. É engraçado como a gente espera que as Montanhas do Atlas sejam só penhascos e drama, mas o Vale de Ourika é mais suave — com terraços verdes empilhados como uma caligrafia cuidadosa.
Passamos por pequenos vilarejos berberes agarrados às encostas. Youssef apontou uma casa onde mora o primo dele — “Ele mesmo construiu,” disse, quase orgulhoso. A estrada serpenteava junto ao rio, que era mais barulhento do que eu imaginava (e gelado quando mergulhei a mão). Em um momento, paramos num souk à beira da estrada — só funciona às segundas, pelo visto — e tentei comprar alguns figos, mas acabei levando muito mais porque não consegui dizer não para a senhora que os vendia. Ela riu do meu francês. Tinha crianças correndo com as mãos pegajosas e homens tomando café sob guarda-sóis desbotados.
Setti Fatma estava movimentada, mas de um jeito bom. Famílias locais faziam piquenique perto da água, com risadas ecoando entre as pedras. O spray das cachoeiras era uma delícia depois de horas naquele calor seco; deixei a água bater no rosto até a camisa ficar molhada. O almoço foi um tagine à beira do rio — nada sofisticado, só pão para molhar no molho enquanto assistíamos as pessoas tentando (e quase sempre escorregando) atravessar as pedras no rio. Ainda penso naquela paisagem às vezes: luz do sol passando pelas árvores, vapor subindo dos copos de chá, todo mundo falando ao mesmo tempo em árabe, francês e sei lá mais o quê.
O passeio completo dura cerca de 8 horas, incluindo deslocamento e paradas.
Sim, o transfer de ida e volta do hotel ou riad está incluso na reserva.
Não há refeições inclusas, mas há opções para comer em restaurantes à beira do rio durante o trajeto.
Sim, crianças são bem-vindas; cadeirinhas podem ser disponibilizadas mediante pedido.
O passeio exige caminhadas; pode não ser indicado para quem tem problemas na coluna ou saúde cardiovascular.
O motorista/guia é bilíngue, fala francês e inglês.
Sim, você passará por vários vilarejos tradicionais berberes durante o trajeto.
Se o passeio for numa segunda-feira, há uma parada num souk à beira da estrada no vale.
O dia inclui transfer de ida e volta do hotel ou riad em veículo com ar-condicionado e combustível incluso; você terá um guia local bilíngue durante todo o passeio e cadeirinhas para crianças podem ser organizadas se necessário — é só avisar antes se vier com os pequenos.
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