Saia de Marrakech para um passeio de quadriciclo pelo deserto rochoso de Agafay, depois monte em camelos guiados por locais e compartilhe um almoço berbere em uma tenda. Experimente roupas tradicionais e saboreie chá de hortelã enquanto histórias são contadas — momentos que você vai querer reviver mesmo depois de voltar pra casa.
A primeira coisa que me chamou atenção foi o silêncio — não exatamente silêncio total, mas aquele tipo de calmaria seca que você sente logo ao sair de Marrakech, quando o barulho da cidade desaparece e o deserto de Agafay se abre à sua frente. Nosso guia, Youssef, me entregou um lenço azul cheich e me ensinou a amarrar na cabeça (precisei de ajuda, claro). No começo, parecia meio áspero, mas protegia bem o pescoço do sol. Os quadriciclos já estavam alinhados, cobertos de poeira — pensei que eles pareciam mais parte daquele lugar do que a gente. Partimos em fila, motores roncando sobre o cascalho e as pedras claras. Eu piscava contra o vento; tinha um cheiro forte de poeira misturado com algo quase metálico no ar.
Não sou muito fã de adrenalina, mas, sinceramente? Andar de quadriciclo foi divertido depois que parei de me preocupar em cair. Youssef ficava de olho na gente, acenando se alguém diminuía demais o ritmo. Teve um momento em que chegamos no topo de uma colina e tudo se abriu — só colinas bege e céu até onde a vista alcançava. Tentei tirar uma foto, mas não conseguiu captar a grandiosidade. Depois de cerca de uma hora (que pareceu tanto mais longa quanto mais curta), paramos perto de alguns camelos descansando sob uma sombra de lona. Eles pareciam nem aí pra gente — um deles fez um som grave quando cheguei perto, e eu não consegui segurar a risada.
Montar no camelo é... mais esbarrado do que eu esperava. A sela estava gasta de tanto uso; você vai balançando no ritmo enquanto o tratador estala a língua suavemente para mantê-los andando. Em certo momento, me deixei levar pelo balanço e fiquei observando a luz mudando sobre as pedras — tem uma paz estranha ali. Quando terminamos, entramos numa tenda baixa berbere para o almoço: tagine de frango (o vapor exalava açafrão e limão), saladas com hortelã, pão achatado ainda quentinho, assado em algum lugar próximo. O chá de hortelã veio por último — servido de longe, pra fazer espuma no copo. Um dos caras brincou sobre minhas habilidades com o lenço (“na próxima você mesma amarra!”) e todo mundo riu.
Até hoje penso naquela vista do topo do planalto — como tudo parecia pequeno por um instante ali em Agafay. Se você quer algo além dos passeios comuns pela cidade, esse bate-volta saindo de Marrakech vale muito por esses momentos únicos.
O Deserto de Agafay fica a menos de uma hora de carro de Marrakech.
Não, não é necessário ter experiência para andar de quadriciclo neste passeio.
O cardápio inclui tagine de frango ou vegetariano, saladas ou sopa de entrada e frutas da estação de sobremesa.
Sim, bebês e crianças pequenas são bem-vindos; carrinhos e cadeirinhas especiais para bebês estão disponíveis.
Sim, o transporte do hotel está incluído na reserva.
Não, não é recomendado para gestantes.
Sim, um guia local acompanha o grupo durante toda a experiência.
Este passeio não é recomendado para quem tem lesões na coluna.
Seu meio dia inclui transporte em veículo com ar-condicionado de Marrakech até o Deserto de Agafay, uma hora de passeio de quadriciclo e outra de passeio de camelo com guia local, uso de traje tradicional touareg e lenço cheich para proteger do sol, além de almoço ou jantar servido dentro de uma tenda berbere com chá de hortelã fresco antes do retorno à cidade.
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