Você vai se aventurar pelas florestas de Luang Namtha com guias locais, acampar à beira de rios sob o céu estrelado, compartilhar refeições feitas na fogueira e passar uma noite com famílias Khmu em vilarejos remotos. Prepare-se para botas enlameadas, risadas ao redor da fogueira e momentos de conexão que vão ficar na memória muito depois da viagem.
"Tem certeza que quer provar isso?" nosso guia Khmu sorriu enquanto me entregava um punhado de ervas selvagens no segundo dia. Assenti, talvez com confiança demais. O sabor era forte e terroso — nada ruim, só inesperado — e todo mundo riu quando fiz uma careta. Saímos cedo de Luang Namtha, pegando legumes no mercado enquanto o ar da manhã ainda cheirava a chuva no concreto. Quando chegamos à vila Ban Prang, minha mochila já pesava mais do que eu queria admitir. A primeira subida pelos arrozais foi quente e grudenta, mas logo a floresta nos engoliu e ficou silencioso, só o som dos pássaros e nossas botas na lama.
Os dias foram se misturando depois disso — no melhor sentido. Nosso guia, o Sr. Vieng, já foi caçador (ele contava histórias à noite na fogueira), mas agora ele aponta pegadas de animais em vez de persegui-los. Teve uma tarde em que paramos numa salina e só ouvimos — ninguém falou por um bom tempo; até o ar parecia pesado de espera. Eu ficava pensando que veríamos algo grande se mexendo entre aquelas árvores antigas, mas no fim era só a gente e o som da água por perto. O jantar era o que encontrávamos ou carregávamos: arroz pegajoso cozido no bambu, verduras colhidas no caminho, peixe defumado se tivéssemos sorte.
No quarto dia atravessamos o rio Namha descalços — frio o suficiente pra me fazer soltar um grito — antes de chegar a uma vila Khmu escondida entre colinas verdes. As crianças acenavam timidamente nas portas; as mães sorriam sem dizer muito, mas logo nos entregavam xícaras de chá. A hospedagem daquela noite era simples: colchão fino no chão de madeira, mosquiteiro iluminado pela lamparina, sapos cantando lá fora como se tivessem algo urgente pra contar. Dormi melhor do que imaginei.
Na manhã final visitamos uma vila Lantan onde as pessoas ainda vestem roupas índigo feitas à mão — uma senhora deixou eu tocar na manga e riu quando tentei agradecer na língua dela (provavelmente falei tudo errado). A última subida até o topo da colina parecia interminável, mas valeu a pena pela vista ampla dos vales verdes entrelaçados. Minhas pernas estavam bambas, mas minha mente clara como há anos não sentia. Voltamos para Luang Namtha perto do pôr do sol; minhas botas estavam sujas e eu não conseguia parar de sorrir.
Esse trekking exige boa forma física; espere longas caminhadas (até 6 horas por dia) por selva densa e terreno irregular.
Sim, todas as refeições estão inclusas — preparadas pelos guias com ingredientes do mercado ou colhidos na trilha.
Sim, o material para dormir é fornecido para todas as noites de acampamento na floresta.
Sim, você conhecerá vilas Khmu e Lantan e passará uma noite em uma hospedagem familiar.
Você pode avistar animais perto das salinas ou ouvir seus chamados; avistamentos não são garantidos, mas os guias compartilham seus conhecimentos sobre rastros.
Sim, o transporte de ida e volta da cidade de Luang Namtha está incluído no pacote.
Não, o trekking não é recomendado para gestantes ou pessoas com condições médicas graves.
Seu pacote inclui todas as taxas de turismo comunitário e visitas às vilas, equipamento para dormir nas noites de acampamento, todas as refeições feitas pelos guias (com ingredientes frescos do mercado ou da floresta), guia local experiente durante as caminhadas diárias e transfer de volta para Luang Namtha ao final da aventura.
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