Se você busca uma aventura verdadeira com conforto e sabor local, esse safari de jeep de 2 dias em Wadi Rum é imbatível. Explore cânions escondidos e sítios antigos com um guia beduíno que conhece cada história por trás das pedras — e passe a noite observando estrelas ao redor da fogueira antes de dormir na sua tenda panorâmica com vista infinita do deserto.
A primeira coisa que me chamou atenção ao chegar na vila de Wadi Rum foi o silêncio — só o som dos pneus no cascalho e o murmúrio baixo dos locais no café à beira da estrada. Nosso guia, Sami, acenou com um sorriso largo. Ele distribuiu garrafinhas de água e indicou onde deixar o carro de graça. Às 10 da manhã, já estávamos pulando em um jeep aberto, com o vento batendo forte enquanto deixávamos a vila para trás.
Paramos num lugar onde a água escorria pelas pedras — parecia surreal ver camelos bebendo ali no meio de tanta areia. Sami explicou que esse oásis é um ponto vital há séculos. Ele nos mostrou algumas inscrições Thamúdicas apagadas em uma rocha próxima; você nem percebe se não souber onde olhar. O ar era seco, mas tinha um cheiro levemente adocicado de ervas silvestres esmagadas sob os pés.
O próximo destino foi o Cânion Khazali — uma fenda estreita nas montanhas, fresca e sombreada mesmo no meio do dia. Lá dentro, inscrições nabateias antigas cobriam as pedras como mensagens secretas. Sami contou que esse era um ponto de parada para peregrinos a caminho de Meca; tentei imaginar as caravanas de camelos descansando ali há muito tempo. Ficamos ali só ouvindo o eco dos nossos passos nas pedras.
A duna de areia vermelha parecia fácil lá de baixo, mas subir me deixou sem fôlego no meio do caminho — a areia escorregava a cada passo. No topo, a vista é ampla, com ondulações vermelhas e douradas que parecem não ter fim. Descendo foi bem mais divertido; a maioria correu e riu feito criança.
A Little Bridge foi fácil de escalar (mesmo para quem não é muito de escalada). Embaixo, um senhor beduíno mais velho nos serviu pequenos copos de chá de hortelã enquanto seu rádio tocava algo em árabe com chiados. A sombra era um alívio depois de tanto sol.
A Casa de Lawrence fica sobre ruínas nabateias — Sami apontou algumas pedras antigas de cisterna que ainda se mantêm firmes depois de tantos anos. Sempre rola aquele papo de que T.E. Lawrence teria ficado ali durante a Revolta Árabe; verdade ou não, rende boas histórias na fogueira depois.
O Mushroom Rock é exatamente o que o nome diz — uma pedra gigante em forma de cogumelo, solitária na areia. Crianças locais às vezes vendem pequenas lembranças ali; comprei um camelo esculpido e fiquei um pouco na sombra enquanto o pessoal tirava fotos.
Na hora do almoço, paramos num lugar tranquilo — sem estradas ou construções por perto — e vimos Sami preparar a comida no fogo aberto. O cheiro dos legumes assando misturado com fumaça de madeira pairava enquanto comíamos pão quentinho com hummus e iogurte sentados em tapetes trançados. Tinha um sabor que nunca experimentei em casa.
A Ponte de Pedra Burdah domina tudo ao redor — um arco natural lá no alto do Jabal Burdah. Não dá para escalar nesse tour (é bem alto), mas ver a ponte recortada contra o céu azul gigante vale a parada.
O Cânion Abu Khashaba me surpreendeu — de repente, árvores e pássaros por toda parte, como entrar em outro mundo dentro de tanta pedra e areia. Andamos ali enquanto os pássaros cantavam; Sami nos esperava do outro lado com água gelada.
A Ponte de Pedra Umm Fruth é famosa por um bom motivo — é alta, mas dá para escalar se estiver com coragem (eu consegui até a metade). Lá de cima, só se vê deserto até onde a vista alcança. Tem uma tenda abaixo vendendo chá e lembranças para quem quiser descansar as pernas.
O Deserto Branco aparece do nada — a areia vermelha vai clareando até tons creme, com plantas resistentes espalhadas. Se prestar atenção, dá para ver pegadas de raposas selvagens ou até cabras montesas longe, perto das pedras.
O pôr do sol aqui não é só algo para assistir — é algo que você sente tomando conta de tudo, enquanto a luz muda do dourado para o laranja profundo atrás dos picos irregulares. Sami preparou chá doce no fogo enquanto ficávamos em silêncio absorvendo o momento; ninguém falava muito até as estrelas começarem a aparecer no céu.
O jantar no acampamento foi feito debaixo da terra — uma panela grande retirada direto da areia quente, cheia de frango, arroz, batatas e legumes temperados na medida certa. Antes de comer, Sami mostrou como escavavam a comida; todo mundo se juntou para tirar fotos enquanto o vapor subia no ar fresco da noite.
A melhor parte? Sentar ao redor da fogueira depois do jantar, tomando mais chá enquanto milhões de estrelas brilhavam acima — sem luz de cidade, só o silêncio quebrado por histórias ou alguém apontando constelações que eu nunca tinha visto tão claras. Quando finalmente fui para minha tenda panorâmica (com banheiro próprio!), deixei as cortinas abertas para dormir vendo a luz da lua espalhada pelas colinas vazias do deserto.
Na manhã seguinte, o dia começou cedo — o nascer do sol pintando tudo de rosa na janela — e o café da manhã esperando: ovos fresquinhos, pão ainda quente do fogo, hummus cremoso e salada, acompanhados de café forte servido em xícaras pequenas. Arrumamos tudo devagar antes de voltar de jeep para a vila de Wadi Rum — o mesmo café onde começamos agora cheio de locais conversando e tomando chá doce enquanto nos despedíamos.
Sim! O passeio é para todos os níveis de preparo físico e idades — até bebês são bem-vindos (eles precisam ficar no colo de um adulto). É só avisar se tiver necessidades especiais ou dúvidas sobre levar crianças.
Leve roupas confortáveis para o calor do dia e o frio da noite (pode esfriar bastante depois do pôr do sol), calçados firmes para andar na areia e pedras, protetor solar, óculos escuros, talvez um chapéu — e não esqueça a câmera! Fornecemos água durante todo o passeio.
Claro! Avise com antecedência sobre preferências ou alergias alimentares — preparamos opções vegetarianas com ingredientes locais, como legumes frescos, hummus, saladas, pão e mais.
Você pode ir de carro — tem estacionamento grátis no café onde nos encontramos — ou usar transporte público próximo, se preferir. Também oferecemos transporte do Centro de Visitantes mediante pedido.
Seu passeio inclui transporte desde a vila de Wadi Rum (e do Centro de Visitantes se necessário), estacionamento gratuito no café de chegada, água durante os dois dias, almoço e jantar beduínos tradicionais feitos no fogo (com opções vegetarianas), pernoite em tenda panorâmica privativa com banheiro e vista para o deserto — além do café da manhã no dia seguinte antes de voltar de jeep ao ponto inicial na vila.
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