Você embarca num barco privado em Veneza com guia local, assiste mestres vidreiros moldando arte em Murano, vê de perto a renda tradicional em Burano (com tempo para explorar suas cores vibrantes) e volta pela lagoa com novas histórias — e talvez umas lembrancinhas feitas à mão.
Confesso que não esperava que o táxi aquático fosse tão diferente dos vaporettos lotados — havia um silêncio tranquilo enquanto deixávamos Veneza para trás, só nosso grupo pequeno e Silvia, nossa guia. Ela apontava os antigos estaleiros enquanto passávamos, sua voz disputando com o som da água batendo no casco. O ar tinha um cheiro leve de maresia, quase metálico. Fiquei esticando o pescoço para ver Murano pela primeira vez, mas na maior parte do tempo só tentava não deixar o celular cair no mar. Silvia riu quando me viu segurando ele como se fosse um salva-vidas.
O ateliê de vidro em Murano estava mais quente do que eu imaginava — parecia entrar na cozinha de alguém em pleno julho. O mestre vidreiro mal levantava os olhos do trabalho, mas nos acenou antes de girar o vidro derretido na vara. É hipnotizante, de verdade; a forma como ele moldava formas com fogo e sopro. Teve um momento em que ele fez um cavalinho minúsculo em uns dois minutos. Alguém sussurrou “como?” e ninguém respondeu porque ficamos todos boquiabertos. Depois, passeamos pela galeria deles (o desconto ajudou), mas o que ficou na memória foi o peso de um pingente azul nas minhas mãos — frio, mesmo depois de tanto calor.
Burano me tocou de um jeito diferente — as cores são quase demais no começo, como se alguém tivesse aumentado a saturação da vida real. Vimos uma senhora mais velha fazendo renda à mão numa sala iluminada pelo sol, com cheiro leve de amido e papel antigo. Ela não falava muito inglês, mas sorriu quando tentei dizer “grazie mille”. Silvia traduziu um pouco sobre a avó dela que ensinou os desenhos; havia algo delicado nas mãos dela, tão firmes no tecido. Depois tivemos tempo para explorar — acabei com sorvete de pistache escorrendo no pulso, sentada numa ponte do canal vendo roupas secando entre casas pintadas em todas as cores que você imaginar.
A volta pela lagoa foi mais silenciosa — talvez todo mundo cansado ou só absorvendo o que viu. Ainda penso na explosão de cores de Burano e naquele silêncio breve no ateliê, quando fogo e sopro se encontraram. Se estiver pensando num bate-volta de Veneza para Murano e Burano, vá — é diferente do que você imagina, no melhor sentido.
Este passeio inclui transporte ida e volta de barco privado direto de Veneza para as duas ilhas.
Sim, você visita um ateliê de vidro em funcionamento em Murano com demonstração ao vivo incluída no passeio.
Você vai acompanhar a renda tradicional feita por artesãs locais em Burano como parte da experiência.
O passeio dá tempo suficiente para explorar Murano e Burano com calma.
Não inclui almoço, mas há tempo livre para comer ou visitar cafés por conta própria.
O passeio oferece descontos nas oficinas para quem quiser comprar souvenirs.
É um passeio em grupo pequeno, com até 22 pessoas mais o guia local especialista.
Não há busca no hotel; o ponto de encontro é no local combinado em Veneza.
Bebês são bem-vindos, mas precisam ficar no colo de um adulto durante o transporte por segurança.
Se a renda não estiver disponível (como às segundas), você ainda aproveita a visita guiada que destaca a cultura e história de Burano.
Seu dia inclui transporte ida e volta de barco privado só para seu grupo entre Veneza, Murano e Burano; demonstrações ao vivo de vidro tradicional em Murano e renda feita à mão em Burano; acompanhamento de guia local especialista; além de descontos especiais para compras de lembranças antes de voltar juntos pela lagoa.
Precisa de ajuda para planejar sua próxima atividade?