Você vai seguir um guia local pelo labirinto subterrâneo da Galleria Borbonica — passando por grafites da Segunda Guerra, carros antigos esquecidos e cisternas centenárias. Sinta a mudança do caos da cidade para a calma do subsolo enquanto as histórias ganham vida na escuridão fresca. Em algum momento, vai se perguntar o que mais estará escondido sob seus pés.
“Se prestar atenção, vai ouvir a cidade respirando lá em cima,” sorriu nosso guia Marco enquanto passávamos por um Fiat enferrujado, quase engolido pela pedra. Nunca tinha parado para pensar no que havia por baixo de Nápoles — só pizza e confusão lá em cima, certo? Mas aqui, na fresca barriga do bairro Chiaia, parecia que o tempo tinha parado nesses túneis antigos dos Bourbons. O ar tinha um cheiro levemente úmido, quase metálico, e quando Marco iluminou uma parede com a lanterna, dava para ver nomes riscados durante a Segunda Guerra. Tentei imaginar as pessoas esperando os bombardeios aqui embaixo. Deu arrepios.
A entrada ficava escondida atrás do que antes era um laboratório veterinário — Vico del Grottone 4, perto da Praça Plebiscito. Oito rampas em espiral nos levaram cerca de 30 metros para baixo; meus joelhos reclamaram um pouco, mas valeu cada passo. Marco contou que foi o rei Fernando II quem mandou construir essa rota de fuga em 1853, com medo de revoluções invadirem seu palácio (não dá pra culpá-lo). O túnel nunca foi usado para isso, mas acabou salvando vidas na guerra. Havia antigas cisternas de água e até um estoque de Vespas e carros confiscados de décadas atrás — um deles ainda cheirava a óleo e poeira quando passei a mão. Alguém do grupo tentou adivinhar os modelos; Marco riu e disse que napolitanos sempre têm opinião sobre motores.
Em um momento, ele apagou todas as luzes por um segundo — silêncio total, só o som distante de passos lá em cima. Fiquei meio emocionado, pensando em quantas histórias estão escondidas sob o barulho da cidade. Se você tem claustrofobia ou dificuldade com escadas, tem outra entrada na Via Domenico Morelli, que é mais fácil (Marco disse que alguns moradores ainda usam como atalho). De qualquer forma, ter um guia local faz toda a diferença — são aquelas histórias que você nunca leria numa placa. Até hoje penso naquele silêncio ecoando lá embaixo quando volto para a luz do sol.
A entrada principal fica no Vico del Grottone 4, perto da Praça Plebiscito; outra opção é pela Via Domenico Morelli 40, com estacionamento rápido.
Se você tem claustrofobia ou dificuldade para andar, a entrada pela Via Domenico Morelli é recomendada por ser mais acessível.
Você desce cerca de 30 metros (33 jardas) abaixo do nível da rua, por oito rampas na entrada principal.
Os tours são guiados por profissionais em inglês ou italiano.
Sim, crianças de 0 a 10 anos entram de graça; há desconto para crianças de 11 a 13 anos.
Use sapatos confortáveis e leve um casaco — os túneis são frescos e o chão pode ser irregular.
Não, o ingresso cobre apenas a entrada guiada; refeições não estão inclusas.
A entrada principal fica a cerca de 100 metros da Praça Plebiscito — uma caminhada rápida.
Seu ingresso inclui entrada para a Galleria Borbonica e um tour guiado por um profissional local, disponível em inglês ou italiano; ambas as entradas estão disponíveis, dependendo do seu conforto com escadas e espaços fechados.
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