Você veste uma roupa seca em Þingvellir e segue seu guia por trilhas cobertas de musgo até a fissura Silfra, onde a água da geleira revela profundezas azuis inacreditáveis entre continentes. Flutue silenciosamente sobre pedras antigas e depois se aqueça com bebidas quentes enquanto suas fotos GoPro chegam por e-mail — um daqueles momentos que ficam para sempre.
Você estaciona em Þingvellir, meio nervoso (eu estava, pelo menos), porque a paisagem já parece de outro mundo — musgo por todo lado, pedras negras, ar com cheiro puro e cortante. Nossa guia, Anna, acena sorrindo e distribui as roupas secas. Eu nunca tinha usado uma antes. Vestir é uma aventura — como entrar num balão gelado — mas Anna brinca chamando de “abraço islandês” e me ajuda a fechar o zíper. Ela confere se as máscaras estão bem ajustadas e pergunta se alguém é frio na barriga; alguém ri alto demais. O grupo é pequeno, umas seis pessoas.
Andar até a fissura Silfra é rápido e silencioso. Dá para ouvir suas próprias botas rangendo no cascalho, e há um silêncio sobre a água — tão cristalina que você vê direto até as pedras, que parecem perto, mas estão a metros de distância. Anna explica que vamos fazer snorkel entre as placas da América do Norte e da Eurásia (ela mostra qual lado é qual). Não esperava que a água tivesse gosto de água doce quando bate nos lábios pelo snorkel — água derretida da geleira, ela diz, filtrada por décadas sob a terra. Está fria, mas não dói graças às camadas da roupa; minhas bochechas ficaram dormentes em um minuto, mas parei de me importar porque tudo lá embaixo era azul sobre azul, com aquelas plantas estranhas que balançam como cabelos debaixo d’água.
Tentei falar “Þingvellir” direito — Li riu do meu sotaque, e isso quebrou qualquer tensão que ainda existia no grupo. Flutuar em Silfra é lento e estranho; quase não precisa chutar porque a roupa te deixa super leve. Em um momento, parei de me mexer e deixei meu corpo levar, enquanto Anna apontava detalhes minúsculos nas paredes do cânion. Não tem muitos peixes (ela disse que às vezes aparece algum, se tiver sorte), mas, na real, o lance é sentir que você está suspenso entre continentes, não tanto ver vida marinha.
Quando saímos — desajeitados de novo nessas roupas — Anna distribuiu chocolate quente e uma barra de chocolate que parecia muito melhor do que devia depois de estar na água congelante. Ela prometeu que as fotos da GoPro chegariam por e-mail (as minhas chegaram naquela noite). Minhas mãos ficaram formigando por um bom tempo depois; até hoje lembro do silêncio debaixo d’água, só o som da minha respiração ecoando para mim.
A temperatura da água em Silfra fica entre 2 e 4°C o ano todo, mas as roupas secas mantêm seu corpo bem isolado do frio.
Não é necessário ter experiência anterior, mas você precisa saber nadar e se sentir confortável na água.
Não, este é um passeio para quem dirige por conta própria — é preciso ter carro para chegar a Þingvellir, pois não há ônibus públicos.
O passeio inclui todo o equipamento necessário: roupa seca com roupa térmica por baixo, máscara, snorkel, nadadeiras, touca e luvas de neoprene.
Sim, as fotos feitas com GoPro durante o snorkel são gratuitas e enviadas por e-mail depois do mergulho.
A idade mínima é 12 anos (acompanhado de adulto), e o máximo é 69 anos, salvo exceções médicas para maiores de 60.
O tempo dentro da água costuma ser entre 30 e 40 minutos, dependendo das condições e do tamanho do grupo.
Você recebe chocolate quente ou chá e uma barra de chocolate ao terminar o mergulho na fissura Silfra.
Seu dia inclui encontro com seu guia certificado PADI Divemaster em Þingvellir (apenas para quem dirige), uso completo do equipamento com roupa seca e térmica, máscara, snorkel e nadadeiras — tudo ajustado antes de entrar na fissura Silfra — além de fotos GoPro grátis enviadas por e-mail após o mergulho e bebidas quentes com chocolate ao voltar para a terra firme.
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