Você vai rodar por Belfast num táxi preto enquanto seu guia local conta histórias pessoais sobre os Troubles e mostra de perto murais republicanos e lealistas. Vai poder assinar o famoso Peace Wall, tocar em artefatos reais do conflito e visitar memoriais carregados de história — saindo com mais perguntas do que respostas, e talvez isso seja o melhor.
Tudo começou com a voz do nosso motorista refletindo no vidro do táxi — um sotaque forte de Belfast, com um toque de malícia. Ainda nem havíamos saído da calçada quando ele apontou um mural que eu jamais teria reparado, cores desbotadas pela chuva, mas que ainda gritavam uma mensagem intensa. A cidade parecia mais calma do que eu esperava, até na Falls Road, onde imaginei que haveria mais barulho. Talvez fosse só impressão minha. Nosso guia — Mick — cresceu aqui durante os Troubles. Ele não suavizava nada, só contava o que viu quando criança. Às vezes, fazia uma pausa, como se ponderasse se devia falar mais.
Paramos no Peace Wall, que é mais alto do que eu imaginava — metal e concreto separando bairros que ainda se olham com desconfiança. Mick me entregou uma caneta e disse: “Vai lá, escreve.” Colocar meu nome ao lado de rabiscos de estranhos (e, aparentemente, até do Bill Clinton?) foi ao mesmo tempo meio bobo e muito sério. A parede tinha um cheiro leve de tinta spray e pedra úmida. Tentei imaginar como era quando os portões fechavam à noite; Mick apenas assentiu silenciosamente quando perguntei.
Na Shankill Road, passamos pelos murais lealistas — o King Billy montado no cavalo, rostos olhando firmes e desafiadores. Há um peso ali que não se dissipa fácil, mas então ouvimos risadas de crianças chutando uma bola perto dali. No Monastério Clonard, os sinos tocavam por cima dos telhados cobertos de musgo. Visitamos também jardins memoriais; Mick mostrou balas de plástico usadas na época (deixou eu segurar uma — era mais pesada do que eu imaginava). Ele brincava que os turistas sempre perguntam se hoje é seguro (“Mais seguro que Londres atualmente!”), mas dava pra perceber que algumas feridas ainda são profundas.
Fico pensando nessas paredes e como elas dividem ruas que, por fora, parecem tão comuns. Esse tour de táxi em Belfast não é só sobre murais — é ouvir as memórias de alguém enquanto passa por lugares que moldaram sua vida. Choveu no meio do caminho e Mick me entregou um guarda-chuva sem hesitar — chamou de “sol de Belfast”. Até hoje isso me faz sorrir.
O passeio costuma durar cerca de 2 horas, mas o tempo pode variar conforme as paradas e perguntas durante o trajeto.
Sim, você terá tempo para deixar seu nome ou mensagem diretamente no Peace Wall durante a visita.
Sim, a busca no hotel ou Airbnb está inclusa para quem estiver hospedado no centro de Belfast.
Sim, o tour passa por ambos os lados da divisão de Belfast — incluindo Falls Road (republicana) e Shankill (lealista).
Sim, o mural do Bobby Sands na Falls Road faz parte do roteiro e pode ser fotografado.
Sim, o passeio é acessível para cadeirantes; o transporte acomoda a maioria das necessidades.
Crianças são bem-vindas; bebês podem ficar no colo de um adulto ou no carrinho durante o trajeto.
Todos os guias são moradores locais que viveram os Troubles e contam suas histórias ao longo do passeio.
Seu dia inclui transporte privado em táxi preto com busca e retorno ao seu hotel ou Airbnb no centro de Belfast, se necessário. Você estará com um guia local que viveu os Troubles, verá murais dos dois lados da divisão da cidade — incluindo Falls Road e Shankill — e visitará jardins memoriais e pontos importantes como o Monastério Clonard. Haverá tempo para assinar o Peace Wall (com canetas fornecidas), tocar em artefatos reais como balas de plástico usadas no conflito, e guarda-chuvas estarão disponíveis caso chova, antes de voltar ao ponto inicial.
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