Você vai sentir o frio da montanha antes do amanhecer no Bromo, ver as chamas azuis dançando dentro da cratera de Ijen antes do sol nascer e atravessar Java até Bali — com guias locais que conhecem cada atalho e história pelo caminho. Não é um passeio rápido — são horas na estrada, café forte, ar vulcânico nos pulmões — e algo disso fica com você depois que acaba.
“Tem certeza que quer acordar às 2h30?” perguntou nosso guia, meio sorrindo enquanto saíamos do carro perto do Monte Bromo. Eu estava sonolento, mas aquele primeiro sopro de ar frio — cortante e com cheiro leve de enxofre e capim selvagem — me despertou na hora. O céu ainda era uma mancha escura quando entramos na jeep. Nosso motorista, Pak Agus, tocava dangdut antigo tão baixinho que parecia estar cantando junto com o motor. A estrada sinuosa e cheia de solavancos foi despertando a gente até chegarmos em Penanjakan para o nascer do sol. Não esperava tanta gente (todo mundo agasalhado com chapéus emprestados), mas quando o sol abriu atrás do Bromo, ninguém falou nada por alguns segundos. É estranho como o ar gelado do vulcão faz o café parecer mais doce.
Mais tarde, depois de subir a beira da cratera (fui a pé; alguns pegaram cavalos — teimoso ou mão de vaca, não sei), ficamos olhando para aquele buraco cinza soltando fumaça. O cheiro de ovo podre estava por toda parte, mas de algum jeito parecia limpo? Talvez por estarmos tão alto, longe de tudo. O café da manhã no hotel depois disso estava melhor do que devia — talvez porque a gente mereceu — e aí começou a viagem para Banyuwangi. Oito horas de estrada é... longo. Mas ver Java passando pela janela — arrozais, crianças acenando, barracas coloridas balançando no vento — não é chato, é hipnótico.
Ijen é outra história. Começo à meia-noite de novo (o guia local nos entregou máscaras de gás e sorriu como se já soubesse o que vinha). A subida é íngreme, mas dá para ir devagar — minhas pernas viraram gelatina no topo. Quando finalmente você vê aquele fogo azul tremeluzindo na cratera antes do amanhecer... parece coisa de mentira. Como se alguém tivesse deixado LEDs acesos dentro da caverna. Os mineiros de enxofre passaram por nós na subida — um deles parou para mostrar sua cesta cheia de pedras amarelas e sorriu tímido quando tentei agradecer em Bahasa (Li riu do meu sotaque). Ao nascer do sol, o lago brilhava turquesa sob nuvens claras e todo mundo ficou ali quietinho, comendo um lanche ou tirando fotos tremidas com as mãos congeladas.
A última parte — a travessia de balsa para Bali — foi como voltar para o mundo real depois de toda aquela loucura vulcânica. Passar pelo porto de Gilimanuk e seguir pelas colinas verdes até Ubud... eu não parava de pensar naquele fogo azul, nas minhas pernas cansadas, mas também em como valeu a pena fazer tudo assim, sem pressa e longe dos ônibus lotados.
O tour dura 3 dias, com pernoites perto do Bromo e em Banyuwangi (região de Ijen).
Sim, buscamos você na Estação de Trem de Surabaya, Aeroporto Juanda ou no seu hotel.
É necessário um preparo físico moderado; as caminhadas têm trechos íngremes.
Sim, máscaras e óculos de proteção são entregues para garantir sua segurança.
Não, o passeio a cavalo é opcional e pago à parte; a maioria faz a subida a pé.
Sim, as passagens de balsa de Ketapang (Java) para Gilimanuk (Bali) estão inclusas.
Sim, guias locais que falam inglês acompanham você no Bromo e em Ijen.
Você será deixado no hotel em Ubud ou Seminyak com transfer privativo.
Seu roteiro inclui busca no hotel em Surabaya, transporte privativo por Java de carro e jeep com ar-condicionado, duas noites de hospedagem com banheiro privativo perto do Bromo e Ijen, ingressos para os dois vulcões e certificados de saúde para subir o Ijen. Máscaras e óculos são entregues antes da caminhada noturna no Kawah Ijen. Você terá guias locais em inglês nos dois vulcões, passagens de balsa de Ketapang a Gilimanuk em Bali e, por fim, transfer privativo até a porta do seu hotel em Ubud ou Seminyak depois de tantas madrugadas.
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