Você vai explorar crateras vulcânicas sob as estrelas, ver o nascer do sol na borda fumegante do Monte Bromo, assistir às chamas azuis do Kawah Ijen com ex-mineiros como guias e compartilhar refeições caseiras em vilarejos nas montanhas. Essa viagem é mais que paisagens — é sobre madrugadas, novos amigos, vento frio no rosto e momentos que vão ficar pra sempre na memória.
“Não se preocupe, você vai se acostumar com o cheiro,” sorriu nosso motorista Pak Agus enquanto saíamos da van perto do porto da balsa em Bali. Ele não estava errado — o cheiro de enxofre já está no ar antes mesmo de ver um vulcão. A viagem começou antes do amanhecer em Ubud (eu mal estava acordado), mas dividir lanches com outros dois viajantes e ver os arrozais passando rápido fez parecer menos uma transferência e mais uma aventura estranha na estrada. A travessia para Java de balsa parecia entrar em outro mundo — tudo fica mais silencioso, até a luz parece diferente.
No fim da tarde, chegamos a Cemoro Lawang, uma vila a 2300 metros de altitude onde as pessoas realmente usam casacos (na Indonésia!). A pousada era simples, mas aconchegante, e o jantar foi um ensopado de tempeh apimentado que até hoje lembro com carinho. Nossa guia, Rina, explicou o quão cedo teríamos que acordar para o Monte Bromo: “Durma agora ou vai se arrepender depois.” Ela não estava brincando — 3h30 da manhã chegou rápido. Andar de jipe pelo Mar de Areia foi surreal; só cinza preta por todo lado e, de repente, você sobe degraus no escuro, tentando não escorregar enquanto todos cochicham. No topo, o nascer do sol sobre o Bromo não é só uma vista — é fumaça que se move de lado, vento gelado no rosto e pessoas se juntando em silêncio para se aquecer. Alguém me ofereceu café doce na garrafa térmica. Sinceramente, esse momento ficou mais na minha memória do que qualquer foto.
Depois do café da manhã (muitas bananas fritas), seguimos por vilarejos onde crianças acenavam de motos. O almoço foi rápido — tentei perguntar o que tinha no sambal, mas só entendi “muito apimentado” antes de desistir. À noite estávamos perto do Kawah Ijen, jantando com a família da nossa guia (o pai dela não parava de encher meu prato). A trilha começou à 1h da manhã sob um céu estrelado que quase me fez esquecer das pernas cansadas. A subida é puxada, mas constante; descer até a cratera é outra história — pedras rangendo sob os pés, o fôlego preso pelo esforço e pelo cheiro forte de enxofre.
As chamas azuis do Kawah Ijen são reais — tremulando em manchas sobre as rochas negras enquanto os mineiros passam carregando cestos mais pesados do que parecem. A Rina já foi uma dessas mineiras; ela nos mostrou como eles quebram os blocos amarelos de enxofre e brincou sobre os turistas tentando pronunciar “Kawah” direito (Li riu quando eu tentei — provavelmente destrui a palavra). O nascer do sol revela o lago ácido brilhando em turquesa sob uma névoa clara. O silêncio só é quebrado por vozes distantes e o tilintar das ferramentas. Voltamos devagar, pernas bambas mas felizes pelo café da manhã e um banho quente antes de seguir para Bali. Fico pensando no sorriso daqueles mineiros até hoje.
O tour tem duração de três dias, incluindo o transporte de ida e volta em Bali.
Sim, o pickup está incluso em Seminyak (5h45) ou Ubud (7h), além de outros pontos no norte e oeste de Bali.
As trilhas exigem condicionamento moderado, mas são adequadas para a maioria dos viajantes sem problemas de saúde graves.
Sim — almoços e jantares locais estão incluídos, assim como café da manhã após cada trilha.
Sim — guias profissionais que falam inglês acompanham as trilhas no Bromo e no Kawah Ijen.
Você recebe máscara de gás, lanterna de cabeça, luvas — tudo para garantir a segurança na trilha noturna.
Sim — viajantes solo têm quartos privados e participam de grupos pequenos e amigáveis em todas as atividades.
O desembarque pode ser em Pemuteran, Munduk, Ubud ou Seminyak, conforme sua preferência.
Seus três dias incluem pickup no hotel em Bali ou Java, todos os transfers terrestres de carro ou van, além das travessias de balsa entre ilhas; acomodação em quarto privado com água quente e Wi-Fi mesmo para quem viaja sozinho; café da manhã, almoço e jantar locais; entradas para Monte Bromo e Kawah Ijen; guias profissionais que falam inglês e conhecem profundamente essas montanhas; equipamentos de segurança como máscaras de gás e lanternas para a trilha noturna; passeio de jipe 4x4 para o nascer do sol no Bromo; e acesso a chuveiros após cada subida para você se refrescar antes de voltar para casa.
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