Comece em Hilo sentindo a névoa das Rainbow Falls na pele antes de subir acima das nuvens até o topo do Mauna Kea para ver o pôr do sol e observar as estrelas com um guia local. Sinta o frio, descubra por que essa montanha é tão importante e termine a noite sob um céu tão claro que parece irreal.
Eu não esperava passar frio no Havaí, mas lá estava eu — com os dentes quase batendo — no topo do Mauna Kea, com uma jaqueta emprestada fechada até o queixo. O dia começou em Hilo com nosso guia (acho que o nome dele era Kaleo?), que nos recebeu com um sorriso enorme e apontou as árvores monkeypod perto das Rainbow Falls. A cachoeira fazia tanto barulho que a gente tinha que se inclinar para se ouvir. No ar, uma névoa leve com cheiro meio doce e terroso. E conseguimos ver um arco-íris cortando a névoa — Anuenue, como Kaleo chamou. Tentei repetir, mas ele só riu. Provavelmente falei tudo errado.
A subida para o Mauna Kea é mais longa do que parece; paramos no Onizuka Visitor Center, a cerca de 2.700 metros, para “aclimatizar” — basicamente tomar um chá e sentir a cabeça meio leve enquanto olhávamos fotos antigas de astronomia nas paredes. É impressionante como tudo muda rápido — um minuto você está cercado por verde da selva, e de repente só vê pedra vulcânica e ar rarefeito. Em certo momento percebi que minhas mãos estavam secas por causa da altitude. A estrada fica mais difícil perto do topo, mas isso só fez a chegada parecer ainda mais surreal.
Quando finalmente saímos da van a 4.205 metros para ver o pôr do sol, parecia que estávamos em outro planeta. As nuvens estavam abaixo da gente — não acima — e todo mundo ficou em silêncio por um instante, só o clique das câmeras quebrava o silêncio. Dá para ver aqueles enormes telescópios internacionais espalhados, parecendo cenário de filme de ficção científica. Nosso guia falou sobre o quanto o Mauna Kea é sagrado para os havaianos (ele parecia orgulhoso, mas cuidadoso), e eu me senti pequeno e sortudo por estar ali.
Depois que escureceu, nos juntamos para observar as estrelas enquanto Kaleo apontava as constelações com um laser verde (não usamos telescópios nesse tour). O céu estava tão limpo que parecia que dava para ver todas as estrelas já nomeadas. Alguém tentou achar Marte, mas confundia com avião — e isso nos fez rir, mesmo com o rosto congelado de tanto frio. Até hoje lembro daquele silêncio entre as piadas, quando só se ouvia o vento passando rápido pelos ouvidos.
O tour busca os hóspedes em Hilo ou no Onizuka Visitor Center; pickups em Kona podem ser organizados para grupos de 4 ou mais, se solicitado antes da reserva.
O passeio chega ao topo do Mauna Kea, a 4.205 metros (13.796 pés).
O dia inclui todas as taxas de entrada, impostos e o uso de uma jaqueta quente durante o tour.
O tour não é recomendado para pessoas com problemas cardíacos ou respiratórios, lesões na coluna, grávidas ou que tenham feito mergulho (scuba/manta ray) nas últimas 24 horas.
Não há refeições incluídas; apenas jaquetas são fornecidas junto com todas as taxas e impostos.
A idade mínima é 13 anos devido à altitude e esforço físico.
Não são usados telescópios; os guias usam laser para mostrar estrelas e constelações.
Seu dia inclui pickup em Hilo ou encontro no Onizuka Visitor Center (com possibilidade de pickup em Kona para grupos), taxas de entrada para todos os pontos, incluindo Rainbow Falls se sair de Hilo, pausa para aclimatação a 2.700 metros, acesso ao topo do Mauna Kea de carro até 4.205 metros para ver o pôr do sol acima das nuvens, observação guiada das estrelas com laser (sem telescópios), além do uso de jaqueta quente durante toda a aventura antes do retorno após escurecer.
Precisa de ajuda para planejar sua próxima atividade?