Você vai provar biscoitos fresquinhos de Cayambe com café, cruzar a linha do Equador fora de Quito, ver o mestre Miguel Anrango tecendo na oficina, passear entre tecidos coloridos no Mercado de los Ponchos e sentir a brisa da Cachoeira Peguche — tudo com um guia local que conta histórias pelo caminho. Não é só passeio, são momentos que você leva pra vida.
A primeira coisa que percebi ao chegar em Cayambe foi o cheiro — aquele aroma doce e quentinho de biscoitos assando por perto. Nosso motorista, Andrés, sorriu e apontou para uma pequena cafeteria onde paramos para um café e aqueles biscoitos crocantes de Cayambe. Experimentei mergulhar um no chocolate quente (Andrés disse que é a única forma), e, sinceramente, foi perfeito para aquela manhã fria. Tinha gente local conversando baixinho na mesa ao lado, e uma criança ficava espiando a gente. Gostei disso.
Fizemos uma rápida parada na linha do Equador — não no monumento grande perto de Quito, mas num lugar menor, com a pintura já desbotada e quase nenhum turista. Andrés explicou algo sobre como a água gira diferente de cada lado (ainda não entendi direito), mas ele riu quando tentei me equilibrar na linha amarela para tirar foto. Depois disso, seguimos para o norte, rumo a Otavalo. A paisagem mudou rápido — mais campos verdes, nuvens baixas cobrindo as colinas. Parecia que o tempo desacelerava por ali.
Em Otavalo, nosso guia nos levou direto para a oficina de tecelagem do Miguel Anrango. O som do tear de madeira antigo preenchia o ambiente — meio hipnotizante, na verdade — enquanto Miguel mostrava como tinge a lã com plantas e a fiação manual. As mãos dele se moviam tão rápido que mal conseguia acompanhar. Comprei um cachecol (só aceitam dinheiro — aprendi isso rápido) e a esposa do Miguel embrulhou tudo num papel pardo para mim. O Mercado de Otavalo ficava logo ali; tantas cores por todos os lados, gente gritando preços em espanhol e Kichwa. Fiquei um tempo só observando uma senhora ajeitando seus ponchos por cor.
A Cachoeira Peguche foi nossa última parada — você escuta antes de ver, aquele rugido constante atrás das árvores densas. O ar cheirava a terra molhada e folhas de eucalipto esmagadas sob os pés. Andrés contou sobre os rituais do Inti Raymi aqui; ficou em silêncio por um instante, como se lembrasse de algo pessoal. Ficamos ali, juntos, quase sem falar, só deixando a névoa fresca bater no rosto. No caminho de volta para Quito, não parava de pensar nesses pequenos momentos: migalhas de biscoito nos dedos, a risada do Miguel ecoando na oficina, o frescor da névoa em Peguche grudado na jaqueta. Até hoje não consigo esquecer.
O passeio dura praticamente o dia todo, com várias paradas entre Quito e Otavalo, retornando à noite.
O passeio oferece transporte privado, mas não especifica busca no hotel — confirme com o fornecedor.
Não, a maioria das lojas no Mercado de Otavalo aceita apenas dinheiro — leve dinheiro extra para compras.
O Miguel mostra técnicas tradicionais de tecelagem usadas para fazer suéteres, tapetes e mantas à mão.
Não há almoço incluso, mas há paradas onde você pode comprar lanches ou refeições.
Sim, há uma parada em uma cafeteria em Cayambe onde é possível usar o banheiro no início do passeio.
Leve dinheiro extra, pois a maioria dos vendedores não aceita cartão.
Sim, bebês e crianças pequenas podem ir no carrinho durante o passeio.
Seu dia inclui transporte privado em veículo com ar-condicionado e água mineral durante todo o trajeto; paradas para provar os tradicionais biscoitos de Cayambe com café ou chocolate, visita à oficina de tecelagem do Miguel Anrango (leve dinheiro se quiser comprar), passeio pelo Mercado de Otavalo para compras de artesanato (dinheiro necessário), visita à Cachoeira Peguche, gerida pela comunidade Kichwa local — tudo acompanhado por um guia local experiente que compartilha histórias pelo caminho.
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