Você vai chegar pertinho das Pirâmides de Gizé com um guia egiptólogo, entrar na pirâmide de Quéops se quiser, passear de camelo perto da Esfinge e provar um kushary de verdade no almoço. Prepare-se para risadas com as confusões de idioma, momentos de contato com a história e um dia que fica na memória muito depois de sair do Cairo.
A primeira coisa que lembro foi a buzina do nosso motorista — dois toques curtos — antes mesmo de vermos as pirâmides. O barulho do Cairo ficou para trás enquanto deixávamos a cidade, e de repente lá estavam elas: com contornos nítidos contra o céu claro, maiores do que eu imaginava. Nosso guia, Mahmoud, nos recebeu na porta do carro com um sorriso largo e perguntou se queríamos tentar falar “pirâmide” em árabe (eu tentei, bem mal — ele riu, mas não corrigiu). O ar tinha cheiro de poeira, mas não era ruim; parecia papel antigo e pedra quente. Chegamos pertinho da pirâmide de Quéops e eu realmente encostei a mão nela. A superfície é mais áspera do que parece. Em alguns pontos estava fria, onde o sol ainda não tinha batido.
Não esperava entrar em uma pirâmide — é daquelas coisas que a gente imagina quando criança, mas não acha que vai acontecer de verdade. Mas Mahmoud agilizou os ingressos e logo estávamos passando por um túnel estreito para dentro da pirâmide de Quéops. O silêncio só era quebrado pelo eco dos nossos passos na pedra. Não sei bem o que esperava sentir — talvez admiração ou medo — mas o que veio foi uma sensação de realidade. Como se todas aquelas histórias de faraós ganhassem peso. Depois seguimos para a pirâmide de Quéfren (a segunda maior), e Mahmoud mostrou como o topo ainda mantém parte daquela camada branca que sobrou de séculos atrás.
Fomos até um mirante para aquela vista clássica das três pirâmides juntas — sinceramente, parece até montagem nas fotos, mas ao vivo é gigante. Depois veio o passeio de camelo na borda do deserto; meu camelo se chamava Mona e fazia uns barulhos meio rabugentos toda vez que eu me mexia na sela. O vento levantava areia que picava um pouco nas bochechas, mas de um jeito que só deixava a experiência mais real. De um lado dava para ver o Cairo meio borrado, do outro o deserto infinito. Mahmoud tirou umas cinquenta fotos da gente (ele tem um olho para ângulos), inclusive uma em que alinhou minha cabeça para parecer que eu estava beijando a Esfinge — clássico dos turistas.
O almoço foi um kushary num restaurante local perto dali — molho de tomate levemente ácido sobre lentilhas e macarrão, com cebolas fritas por cima. Nada sofisticado, mas perfeito depois de tanta poeira e sol. Ainda deu tempo de comprar lembrancinhas (comprei um gatinho de latão pequenininho). O dia todo teve um clima meio surreal, mas ao mesmo tempo muito real; talvez porque Mahmoud foi soltando curiosidades no meio da conversa ou porque tocar aquelas pedras faz a história parecer menos um conto de livro. Até hoje lembro do silêncio lá dentro da pirâmide de Quéops — sabe aquela sensação?
Sim, se você escolher a opção all-inclusive, seu guia vai providenciar a entrada em uma pirâmide.
Sim, o transporte do seu hotel ou Airbnb está incluso; em algumas regiões pode haver uma taxa extra.
O passeio de camelo dura cerca de 20 minutos pela borda do deserto em Gizé.
Você vai experimentar kushary ou falafel em um restaurante local, se escolher o pacote all-inclusive.
As taxas de entrada estão incluídas somente se você selecionar a opção all-inclusive ao reservar.
Sim, há tempo livre para comprar souvenirs após visitar os principais pontos.
O tour é adequado para todos os níveis de preparo físico; bebês devem ficar no colo de um adulto durante o transporte.
Seu dia inclui transporte privado com ar-condicionado para buscar você em qualquer lugar do Cairo, taxas de entrada no planalto de Gizé (com acesso opcional à pirâmide de Quéops), passeio de camelo de 20 minutos na borda do deserto perto da Esfinge, acompanhamento de um egiptólogo multilíngue que também faz fotos, além de almoço em restaurante local antes do retorno — com tempo para comprar lembranças se quiser.
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