Você vai se aventurar fundo na Sierra Nevada da Colômbia com guias locais que conhecem cada curva da trilha. Prepare-se para banhos em rios, refeições feitas na fogueira, noites em redes ou camas com mosquiteiros, e encontros reais com comunidades indígenas pelo caminho. Se busca uma experiência que fica com você muito depois de terminar — essa trilha é para você.
Tudo começou com um sorriso da Rosa no escritório da Expotur — ela me entregou uma xícara de café forte e perguntou se eu tinha conseguido dormir. (Não consegui, estava nervoso.) A viagem de caminhão saindo de Santa Marta foi mais barulhenta do que eu esperava, pulando na terra vermelha, e todo mundo meio rindo, meio se segurando. Nosso guia, Jhon, cresceu perto de Mamey e apontava as mangueiras pelo caminho — contou que o tio dele trocava frutas por histórias dos caminhantes. Paramos para almoçar em El Mamey; arroz, banana-da-terra frita, frango com um sabor defumado. O cheiro de terra molhada no ar, mesmo sem chuva ainda, estava presente.
A primeira subida foi mais difícil do que eu queria admitir. Suor escorrendo, a camisa grudando nas costas. Em certo momento, passamos por um grupo de crianças Kogui descalças — uma delas fez um tímido sinal de paz para a gente. Jhon explicou que eles chamam a Ciudad Perdida de “Teyuna” e acreditam que ela ainda está viva de alguma forma. Aquilo ficou na minha cabeça. Quando chegamos ao Acampamento 1, minhas pernas estavam bambas, mas tinha água fria do rio esperando — mergulhei a cabeça e fiquei flutuando um pouco enquanto alguém tentava (sem sucesso) pegar peixinhos com as mãos.
No dia seguinte, a selva estava ao redor: paredes verdes densas, cantos de pássaros que eu nunca tinha ouvido (um parecia até uma risada?), e estalos de cores vindos de flores ou de alguma camisa secando num galho. Passamos pela aldeia Mutanshi — fumaça subindo das fogueiras, mulheres tecendo na porta. Parecia que o tempo desacelerava ali. A caminhada até o Acampamento 3 durou horas, mas perdi a noção; às vezes você só anda porque parar parece mais estranho do que continuar.
A manhã em que subimos os 1.200 degraus Tayrona para a Ciudad Perdida ainda está viva na minha memória. Névoa por toda parte, pedras escorregadias. Jhon nos contou sobre os rituais antigos enquanto descansávamos no topo — ele ficou em silêncio por um minuto antes de apontar onde o sol bate primeiro de manhã (“é onde eles acreditavam que os espíritos se reuniam,” disse). Eu me afastei um pouco, só ouvindo o vento e pensando em tudo que já havíamos caminhado. O almoço nunca pareceu tão gostoso depois de tanto esforço — talvez fosse só fome, ou algo mais.
O caminho de volta foi diferente — mais leve, de algum jeito? Talvez porque você já sabe do que seu corpo é capaz. Paramos em cachoeiras para refrescar de novo antes de subir no caminhão de volta para Santa Marta. Meus tênis estavam cheios de lama e minha cabeça cheia de detalhes estranhos: sons do rio à noite, histórias do Jhon sobre onças (que nunca vimos), aquele momento em que o silêncio parecia mais pesado que qualquer mochila.
A trilha dura 4 dias e inclui transporte de Santa Marta até El Mamey e volta.
Sim, o transporte de Santa Marta está incluído na sua reserva.
Você dorme em acampamentos ao longo do caminho; as acomodações são em redes ou camas com mosquiteiros.
Sim, todas as refeições estão incluídas durante os quatro dias de caminhada.
Sim, guias experientes da região acompanham cada grupo e compartilham conhecimentos culturais durante o percurso.
Sim, há oportunidades para nadar em rios e piscinas naturais próximas a vários acampamentos.
Sim, você pode deixar suas malas no escritório principal da Expotur sem custo durante a trilha.
É necessário um preparo físico moderado; há subidas íngremes e longas caminhadas.
Sua aventura inclui transporte em 4x4 de Santa Marta até El Mamey, onde o almoço dá início à jornada; todas as refeições durante os quatro dias de trilha; lanches pelo caminho; pernoites em acampamentos administrados por famílias ou comunidades locais com camas ou redes; acompanhamento de especialistas regionais treinados pelo SENA; além de armazenamento seguro para bagagem extra na base, se necessário, antes do retorno de caminhão no final da tarde do quarto dia.
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