Deixe Bogotá para trás enquanto segue até a Lagoa de Guatavita, onde a névoa envolve águas ancestrais e lendas muiscas ainda ecoam. Suba colinas envoltas em nuvens e depois desça até a Catedral de Sal de Zipaquirá — um lugar silencioso, mas cheio de energia. Com guias locais, transporte incluso e tempo para almoçar, é um dia que fica na memória muito depois do retorno.
Confesso que não esperava começar a manhã com aquele frio cortante de Bogotá, que atravessava minha jaqueta enquanto esperávamos no Parque de la 93. A van chegou — com as jaquetas vermelhas, exatamente como no e-mail — e as pessoas foram entrando, ainda meio sonolentas. Nossa coordenadora, Camila, alternava entre espanhol e inglês com tanta facilidade que me deu vontade de ter prestado mais atenção nas aulas. Antes que eu percebesse, já estava vendo a cidade se transformar em colinas verdes lá fora.
A estrada para a Lagoa de Guatavita passa por essa cidade “nova”, toda branca — construída depois que a antiga foi inundada pela represa. Quando descemos, o silêncio era estranho, só quebrado pelo canto dos pássaros e o som distante de um rádio. O ar tinha um cheiro fresco e terroso, talvez por causa da chuva da noite anterior. A subida até a lagoa não é moleza (152 degraus, mas quem está contando?), e eu já estava sem fôlego no meio do caminho. A guia contou sobre o ritual muisca — o pó de ouro, El Dorado — e tentei imaginar tudo isso enquanto meus sapatos afundavam na lama. Ela riu quando perguntei se alguém já tinha encontrado ouro de verdade (“Só histórias hoje em dia”, disse dando de ombros). A lagoa em si… é difícil descrever. Um círculo de água verde cercado por nuvens e silêncio. Ficamos alguns minutos só contemplando em silêncio.
O almoço foi simples — arepas com queijo salgado de uma barraca na beira da estrada (Camila jurava que o melhor é comer quente). Depois, seguimos pela savana até Zipaquirá. A Catedral de Sal é outra história: você desce por túneis esculpidos na sal pura, fresquinhos e cheios de eco, iluminados por luzes azuis e roxas que dão um ar quase mágico. Lá dentro, você recebe um áudio guia (leve seu próprio fone se puder), o que ajudou bastante porque meu espanhol não é dos melhores. As pessoas andavam devagar no subterrâneo; algumas paravam para tocar as paredes ou sussurrar orações nas capelas feitas de sal. Era um lugar antigo, mas cheio de vida ao mesmo tempo.
Voltamos tarde por causa do trânsito — Bogotá nunca facilita —, mas ninguém parecia se importar. Alguém colocou uma música no celular; Camila contou histórias da avó dela que cresceu perto de Zipaquirá. Minhas pernas doíam, mas a cabeça estava leve, como se eu tivesse saído do tempo por um instante. Ainda penso naquele visual da lagoa de Guatavita às vezes — sabe quando um lugar fica marcado na gente?
Não há busca no hotel; o passeio começa em pontos de encontro como Parque de la 93 ou Candelaria.
A caminhada tem 152 degraus e caminhos irregulares; é recomendada uma condição física moderada.
Não; atualmente só há guias que falam espanhol na Lagoa de Guatavita.
O ingresso para a Lagoa de Guatavita está incluído; a entrada para a Catedral de Sal depende da opção escolhida.
O passeio começa e termina no Parque de la 93, em Bogotá.
Não há almoço incluso; há tempo livre para você almoçar por conta própria.
Sim, há opções de transporte público próximas aos pontos de encontro.
Sim; são fornecidos áudio guias (leve seu próprio fone com entrada para áudio).
Seu dia inclui transporte ida e volta a partir de pontos centrais em Bogotá, ingresso para a Lagoa de Guatavita (com opção de ingresso para a Catedral de Sal dependendo da sua reserva), guia local que fala espanhol em Guatavita, seguro durante o trajeto, acesso ao áudio guia (espanhol/inglês) dentro da Catedral de Sal de Zipaquirá se selecionado — além de tempo livre para almoço antes de voltar pela savana rumo a Bogotá no fim da tarde.
Precisa de ajuda para planejar sua próxima atividade?