Você vai caminhar pelas ruas vibrantes de Bogotá com um guia artista, ouvindo histórias reais por trás dos grafites e murais políticos. Veja retratos de líderes sociais, homenagens à cultura indígena, murais cheios de cor em clubes de salsa, além de stencils sobre migração e ameaças à Amazônia. Prepare-se para momentos que ficam na memória — risadas tentando decifrar grafites ou pausas silenciosas diante de arte poderosa.
Cores por todos os lados — foi a primeira coisa que percebi quando nos encontramos em frente ao Museu do Ouro. Antes mesmo do nosso guia Camilo falar qualquer coisa, já dava para sentir o cheiro leve de tinta no ar, quase como concreto molhado depois da chuva. Ele acenou para a gente com um sorriso e começou a contar como o grafite em Bogotá é mais do que arte — é protesto, memória, às vezes até esperança. Gostei que ele não tinha pressa; deixou a gente parado um minuto só olhando o primeiro mural, que era enorme e, pra ser sincero, meio impactante. Tinha rostos que eu não conhecia, mas o Camilo explicou que eram líderes sociais lutando pela soberania alimentar — ele contou algumas histórias deles e juro que meu estômago deu um nó. Coisa pesada, mas dá para sentir o porquê da importância ali.
Seguimos por calçadas estreitas, passando por gente vendendo arepas e crianças que se enfiavam no meio do trânsito. Em uma das paradas, tinha um mural de uma menina indígena — o olhar dela era tão direto que quase dava vontade de desviar o olhar. Camilo explicou que foi pintado por duas artistas, uma de Bogotá e outra de Lima, encomendado pela embaixada do Peru. Ele falou algo sobre migração e pertencimento, que fez sentido vendo tantos migrantes venezuelanos por perto (um rapaz até acenou para a gente enquanto passávamos). Depois fomos para os murais do clube de salsa — vermelhos e azuis vibrantes espalhados pela parede da Casa Quiebra Canto. Alguém lá dentro afinava uma trombeta, e o som misturava com o barulho da rua de um jeito estranho, mas perfeito. Tentamos decifrar umas letras abstratas do grafite; o Camilo riu quando errei (“nem chegou perto!”), mas, sinceramente, metade da diversão foi só tentar.
O grafite ilegal mais alto da Colômbia fica num arranha-céu meio vazio chamado Torre Bakatá — dá até vertigem se você ficar olhando para cima por muito tempo. Mais tarde, ficamos diante de um muro cheio de stencils sobre o desmatamento na Amazônia; o cheiro forte de tinta fresca misturava com a fumaça da comida de rua que vinha de algum lugar atrás da gente. Alguns moradores pararam para ouvir enquanto o Camilo explicava como esses murais são feitos (às vezes à noite, às vezes com autorização — e às vezes sem). Gostei que ele conhecia a maioria dos artistas pessoalmente; ele acenou para um que passou de bicicleta e trocaram algumas palavras em espanhol antes de seguirmos.
No fim, meus pés doíam, mas a cabeça estava cheia — não só de informações, mas de rostos e cores que ficaram comigo mesmo depois que saímos. Tem um mural perto do final que fala sobre paternidade e liberdade; até hoje penso nele quando vejo pais segurando a mão dos filhos nas ruas movimentadas daqui. O tour termina sem alarde — sem discursos grandes — só o Camilo agradecendo por ouvir, e isso parecia perfeito.
O tour começa em frente ao Museu do Ouro, no centro de Bogotá.
O passeio a pé passa por vários pontos no centro de Bogotá; a duração exata depende do ritmo do grupo, mas geralmente dura algumas horas.
Sim, guias experientes que falam inglês acompanham cada grupo.
Sim, muitos murais abordam temas políticos como migração, violência contra líderes sociais, ameaças ambientais e patrimônio cultural.
Os guias geralmente são artistas e trabalham junto com os criadores locais que aparecem no roteiro.
Não, não há serviço de busca no hotel; os participantes se encontram no Museu do Ouro.
Você pode entrar em grupos compartilhados ou reservar um tour privado; os tours compartilhados incluem outros viajantes.
Sim, vários murais homenageiam a cultura e a visão de mundo indígena.
Seu dia inclui encontrar seu guia artista que fala inglês em frente ao Museu do Ouro de Bogotá antes de explorar juntos dezenas de pontos vibrantes de arte de rua — sem taxas extras ou gorjetas além do valor pago no tour compartilhado — e bastante tempo para fazer perguntas ou ficar admirando cada mural pelo caminho.
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