Saia de Almaty antes do sol nascer para um dia inteiro explorando as formações selvagens do Cânion Charyn, saboreando um almoço caseiro na vila de Saty, subindo por estradas de montanha até a floresta submersa do Lago Kaindy e encerrando junto às águas tranquilas do Lago Kolsai. Prepare-se para conversas reais com seu guia e momentos que ficam para sempre.
Abri os olhos justo quando estávamos saindo de Almaty — ainda escuro lá fora, as luzes da cidade piscando pela janela. Confesso que quase desisti ao ver que o ponto de encontro era às 5 da manhã. Mas quando paramos para um café (aquele instantâneo cazaque, simples mesmo), todo mundo do grupo já estava meio acordado e trocando piadas sonolentas. Nosso guia, Ayan, sorriu e avisou para guardar energia para o Cânion Charyn. Ele não estava brincando. Quando finalmente pisamos no “Vale dos Castelos”, senti o vento seco do cânion no rosto — cortante, mas revigorante — e o silêncio era enorme, só quebrado pelo grito de um pego-pego lá embaixo. As pedras pareciam coisa de sonho ou cenário de filme antigo. Meus sapatos ficaram vermelhos de poeira quase na hora.
Descemos juntos pelo cânion, desviando das pedras enquanto Ayan apontava formas nas falésias (“Essa aí parece um camelo dormindo — consegue ver?”). Eu não via direito, mas concordei mesmo assim. Teve um momento em que todo mundo ficou em silêncio, admirando as camadas de pedra — laranjas, marrons e até uns riscos roxos estranhos se você apertasse os olhos. Depois seguimos para o Black Canyon (parada rápida para fotos) e seguimos até a vila de Saty, onde um almoço caseiro nos esperava numa casa de família. Sopa quente e pão numa mesa de madeira; a avó de alguém não parava de repor meu chá antes que eu terminasse.
A subida para o Lago Kaindy foi num velho jipe soviético que pulava tanto que achei que meus dentes iam soltar (Ayan chamou de “massagem cazaque”). Do estacionamento, caminhamos entre pinheiros — ar frio e cheiro de terra molhada da chuva da noite anterior — até que, de repente, lá estava ele: o Lago Kaindy, com troncos submersos saindo da água azul, quase mágico. Alguns preferiram ir a cavalo; eu fiquei com minhas botas, mas fiquei com vontade de ter tentado só pra ter a história.
Mais tarde, no Lago Kolsai, tudo parecia mais calmo. O sol já começava a se pôr atrás das montanhas e a luz prateada refletia na água. O frio apertou rápido — coloquei todas as roupas que tinha trazido. Não ficamos muito tempo, mas é daquelas paisagens que grudam na alma. Até hoje, de volta ao barulho de Almaty, às vezes penso naquele silêncio à beira do lago e imagino como seria acordar ali.
O tour dura cerca de 17 horas no total, incluindo todas as paradas e deslocamentos.
Sim, o pickup no hotel em Almaty começa às 5 da manhã antes da saída.
Sim, são 2 km de caminhada do estacionamento até o lago; há opção de cavalo ou táxi local.
Sim, um almoço caseiro e reforçado é servido numa casa de família na vila de Saty; há opções vegetarianas.
Usamos uma van soviética UAZ-452 devido às estradas difíceis perto do lago.
Sim, todas as taxas dos parques nacionais estão cobertas na sua reserva.
Não, crianças menores de 5 anos não são permitidas devido ao tempo de viagem e trilhas.
Leve calçados confortáveis para caminhada, roupas quentes (faz frio) e água ou lanches se quiser.
Seu dia inclui pickup cedo no hotel em Almaty, todas as entradas para o Cânion Charyn e os lagos, água engarrafada durante o percurso, transporte pelas estradas de montanha em van clássica UAZ-452 até a trilha do Lago Kaindy (com opção de cavalo ou táxi local), além de um almoço caseiro e reforçado numa casa de família em Saty antes do retorno à noite.
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