Você vai seguir trilhas na floresta passando por cachoeiras e grutas com um guia local que sabe onde encontrar os animais escondidos no verde da Tijuca. Mergulhe as mãos (ou os pés) na água fria da montanha, escute os macacos no alto e termine com uma vista panorâmica do Rio, se o tempo permitir. É um daqueles dias que você vai lembrar pelo que sentiu — ar úmido, água fresca, risadas ecoando dentro da caverna.
Já imaginou como a cidade soa quando você se afasta dela? Descobri isso entre Copacabana e a primeira parede verde densa da Floresta da Tijuca. Nosso guia, Pedro, nos buscou logo após o nascer do sol — ele brincou que carioca não nasceu pra manhã cedo, mas a floresta desperta antes da cidade. A van estava silenciosa no começo, mas quando chegamos ao Mirante das Canoas e vimos a imponente Pedra da Gávea na névoa, todo mundo já estava acordado. Lembro de pensar como o caos do Rio parecia tão perto dali, e ao mesmo tempo tão distante.
O ar mudou assim que pisamos na trilha — ficou mais denso, quase doce. Pedro apontou uma família de quatis mexendo na mata (parecem guaxinins com pernas longas) e avisou pra gente ficar de olho em macacos ou tucanos. Não vimos bicho-preguiça, mas alguém jurou que ouviu um se mexendo lá em cima. A Cachoeira do Taunay chegou aos nossos ouvidos antes de aparecer — não era um barulho alto, mas um sussurro constante que grudava na pele. Mergulhei as mãos na água e, sinceramente, estava mais fria do que eu esperava; talvez por isso tenha sido tão revigorante depois da subida pelas pedras.
Nunca tinha entrado numa caverna antes desse passeio na Tijuca. A Gruta dos Morcegos não dava medo — era como entrar em outro mundo, onde tudo ecoava de um jeito estranho e tinha um cheiro leve de terra e pedra. O Pedro passou as lanternas para a gente poder ver as formações rochosas (ele chamou de “esculturas da natureza”, o que me fez rir). Alguém tentou avistar morcegos, mas eles deviam estar escondidos dos nossos barulhos. Depois, refrescamos de novo na Cachoeira da Baronesa — até hoje lembro daquele momento embaixo do jato d’água com o sol passando pelas folhas acima. Parecia que o tempo parou por um instante ali.
Durante a semana o lugar fica mais tranquilo — Pedro disse que nos fins de semana tem mais gente, mas mesmo assim a natureza segue seu próprio ritmo. Terminamos no Vista Chinesa (exceto nos fins de semana), de onde dá pra ver o Rio inteiro lá embaixo: o Cristo Redentor ao longe, uma névoa azul sobre a cidade. O vento ali tinha um gosto misto de eucalipto e poeira urbana. Então, se você quer algo de verdade — não só mais um ponto pra foto — essa trilha na floresta vale cada passo suado.
Você pode encontrar quatis, macacos, tucanos, tartarugas, sapos e até bicho-preguiça durante a caminhada — mas isso depende do clima e da sorte.
As trilhas variam entre fácil e moderada, com algumas subidas; é bom estar em forma básica para os trechos até as grutas e cachoeiras.
Sim — o transporte está incluído para hotéis em Copacabana, Ipanema, Leblon e São Conrado.
O transporte pela manhã sai entre 6h45 e 8h durante o ano todo; à tarde, sai às 12h45 (maio a outubro) ou 13h30 (novembro a março).
Você pode se refrescar na Cachoeira da Baronesa; nadar depende do volume da água e das condições de segurança.
Não — o Vista Chinesa não está disponível nos fins de semana e feriados por regras do parque.
Sim, o passeio acontece com chuva ou sol; com chuva, a vida selvagem costuma ficar mais ativa e as cachoeiras mais cheias.
Seu dia inclui transporte de hotéis nas áreas centrais do Rio (Copacabana, Ipanema, Leblon ou São Conrado), ingresso para as trilhas e circuito de grutas da Floresta da Tijuca, além de um guia experiente e multilíngue que vai te levar por mirantes e cachoeiras antes de te levar de volta ao hotel com conforto.
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