Você vai percorrer estradas cercadas pela mata até as ruas calmas de Antonina, depois explorar Morretes e provar seu famoso barreado à beira do rio. Para fechar, um passeio de trem histórico pela Serra do Mar até Curitiba, enquanto o entardecer colore a paisagem. Não é sobre horários perfeitos ou atrações polidas — são pequenos momentos que ficam na memória.
Confesso que não esperava ficar tão curioso com um passeio de trem, mas algo em sair de Curitiba rumo ao litoral sobre trilhos mexeu comigo. Começamos numa van que descia a Estrada da Graciosa — verde por todos os lados, neblina pairando nas colinas, e nosso motorista conversando em português (entendi mais ou menos metade, mas de algum jeito fazia sentido). A primeira parada foi Antonina: ruas tranquilas, casarões coloniais desgastados e uma lojinha de bala de banana onde o ar cheirava a açúcar caramelizado. Tentei falar “bananinha” direito — Li riu de mim, e achei justo.
Depois veio Morretes. O rio Nhundiaquara corta a cidade — lento, meio barrento, quase preguiçoso. Tivemos um tempo para explorar; igrejas antigas, barraquinhas vendendo cachaça e doces cítricos diferentes. O almoço foi barreado — um cozido de carne com farinha de mandioca e banana de acompanhamento. É pesado, mas reconfortante (e juro que ainda fico pensando naquele sabor). O restaurante ficava de frente para o rio; dava pra ouvir crianças gritando lá longe e o tilintar dos pratos lá dentro. Nosso guia só falava português, mas apontava com tanta empolgação que a gente acabava entendendo.
Subir no trem da tarde para voltar a Curitiba foi como entrar numa máquina do tempo. O vagão tinha um cheiro leve de estofado antigo e biscoitos (eles entregam um pacotinho — não espere muito). A viagem dura cerca de quatro horas, passando por túneis e pontes que às vezes parecem estreitas demais. De repente, a Mata Atlântica explode do lado de fora da janela — cipós pendurados nas árvores, tudo verde de um jeito impossível. Alguém atrás começou a cantar baixinho por um tempo; foi estranho e ao mesmo tempo relaxante enquanto o trem seguia seu ritmo. Os guias contavam histórias de como construíram essa ferrovia nos anos 1880 — não peguei todos os detalhes, mas dava pra sentir o orgulho deles.
O sol começou a se pôr enquanto subíamos, embora eu não soubesse dizer se era o pôr do sol ou só as nuvens deixando tudo dourado e cinza. Chegar de volta a Curitiba foi ao mesmo tempo rápido e suave. Se você quer um passeio de um dia saindo de Curitiba que não seja só marcar pontos turísticos, mas deixar as coisas acontecerem ao seu redor — esse é o passeio.
A viagem de trem leva cerca de 4 horas saindo de Morretes até Curitiba.
Sim, o almoço típico com barreado é incluído em um dos melhores restaurantes de Morretes com vista para o rio.
Não, os guias da van e do trem falam apenas português durante o passeio.
Barreado é um cozido tradicional do Paraná feito com carne, farinha de mandioca, arroz, banana, peixe, camarão e salada.
Sim, o passeio inclui transporte em veículo com ar-condicionado entre Curitiba e as atrações.
Não, bebidas e sobremesas são pagas à parte conforme o que você pedir.
Não há garantia — o horário pode variar por causa do clima ou atrasos; às vezes dá para ver o pôr do sol, às vezes não.
Você recebe biscoitos simples e uma bebida (água ou refrigerante) por pessoa durante a viagem de trem.
Seu dia inclui traslado em veículo com ar-condicionado saindo de Curitiba, visitas guiadas (em português) por Antonina e Morretes com tempo livre para explorar cada cidade, almoço tradicional com barreado (mais peixe, camarão, arroz e salada) com vista para o rio Nhundiaquara em Morretes, embarque no trem turístico para o retorno de quatro horas com paisagens incríveis — além de biscoitos e uma bebida a bordo, chegando em Curitiba à noite.
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