Deslize pelo Corroboree Billabong ao pôr do sol, vendo crocodilos de água salgada passarem perto do barco enquanto guias locais contam histórias sobre a vida selvagem das Mary River Wetlands. Aviste aves raras na luz dourada que muda e sinta o silêncio que toma conta quando o dia vira noite — são esses pequenos momentos que ficam para sempre.
Antes mesmo de eu me sentar, alguém me entrega um porta-lata — parece que aqui no Corroboree Billabong você pode levar sua própria bebida, o que combina demais com o espírito do Território Norte. O ar está pesado com aquele cheiro típico dos pântanos, meio doce, meio terra molhada. Nosso guia, Mick (com seu chapéu desbotado pelo sol e que sempre para no meio da frase para apontar alguma ave), começa contando a história das Mary River Wetlands. Ele não tem pressa — deixa o barco deslizar enquanto um jabiru caminha entre os juncos perto da gente. Fico com medo de piscar e perder algum detalhe.
A palavra que não sai da cabeça é “crocodilo”. Mal saímos do cais e alguém já avistou um — só os olhos e as narinas aparecendo, deslizando como um tronco com raiva. Mick sorriu (“esse aí deve ser mais velho que eu”, disse) e explicou como esses crocodilos de água salgada dominam essa região da Austrália. Você os vê tomando sol nas margens, de boca aberta, imóveis a não ser que precisem se mexer. Tem uma calma estranha em observá-los — até que um deles mergulha de repente e todo mundo fica em silêncio por um instante.
Não esperava ver tantas aves também; martins-pescadores com seu azul vibrante, garças paradas como estátuas, brolgas fazendo sua dança lenta lá longe. A luz mudava o tempo todo enquanto navegávamos pelo billabong — dourada na água, depois um laranja que parecia invadir tudo. É difícil tirar fotos que façam justiça ao cenário, mas todo mundo tenta (desisti depois da terceira garça borrada). Em um momento, Mick me passou seus binóculos para eu tentar ver uma águia empoleirada lá no alto — fingi que achei rápido, mas demorou um tempão pra encontrar.
No fim, quando o sol se escondia atrás das planícies alagadas e só dava pra ouvir os insetos começando a cantar para a noite, ninguém tinha muita vontade de falar. Tem algo nesse silêncio que fica com você muito mais do que qualquer foto.
Fica a cerca de 90 minutos de carro saindo de Darwin.
Sim, é necessário ir de veículo próprio até o Corroboree Billabong.
Sim, crianças são bem-vindas, desde que acompanhadas por um adulto.
Você pode levar sua própria cerveja, vinho ou refrigerante para o passeio.
É possível ver crocodilos de água salgada, águias, socós, martins-pescadores, garças, jabirus, brolgas e outras aves.
Sim, o guia local faz comentários ao vivo durante todo o trajeto.
Bebês podem ir no carrinho ou no colo de um adulto durante o passeio.
Seu passeio inclui um tour de duas horas num barco aberto com comentários ao vivo de um guia local experiente enquanto você desliza pelo Corroboree Billabong ao pôr do sol — com várias chances de ver animais e tirar fotos pelas Mary River Wetlands antes de voltar por conta própria.
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