Você vai navegar em um catamarã moderno pelo Canal de Beagle em Ushuaia com guia local, ver leões-marinhos e aves em ilhas remotas, tirar fotos no Farol Les Eclaireurs e observar pinguins-magalhães de perto na Isla Martillo — a poucos metros — em um passeio de um dia que vai ficar na memória mesmo depois de esquentar o corpo.
Vou ser sincero, quase perdi o barco porque não achava minhas luvas — clássico eu. Mas ali, no cais de Ushuaia, com aquele vento cortante vindo do Canal de Beagle (ele realmente morde), fiquei totalmente alerta. Nosso guia, Martín, recebeu todo mundo com um sorriso fácil e uma história sobre os Yámanas que navegavam por essas águas. Ele falou algo sobre como eles “liam” o céu como um livro — tentei imaginar isso enquanto nos afastávamos da margem, com o motor ronronando sob nossos pés.
O catamarã parecia estável, mas dava para sentir as ondas de vez em quando. Passamos primeiro pela Isla de los Pájaros — confesso que não esperava me interessar tanto por pássaros, mas ver albatrozes e cormorões enchendo cada pedra era hipnotizante. Martín apontava quais estavam em ninhos (eu não saberia diferenciar), e no ar havia aquele cheiro salgado misturado com um toque quase doce das algas. Depois veio a Isla de los Lobos: leões-marinhos por toda parte, alguns latindo tão alto que arrancavam risadas. Um macho grande se virou de lado e nos encarou como se fosse o dono do pedaço.
O Farol Les Eclaireurs parecia menor do que eu imaginava — sabe como as fotos sempre deixam tudo mais grandioso? Mesmo assim, todo mundo se aglomerou para a “foto clássica” (culpado). Martín contou sobre um naufrágio ali perto nos anos 1930; ficou sério por um instante antes de brincar que o café argentino era mais forte que os navios daquela época. O vento aumentou enquanto cruzávamos para a Isla Martillo. Foi aí que percebi: pinguins são muito menores do que a gente imagina. Paramos bem na praia — uns quatro metros de distância — e os observamos andando desajeitados, totalmente alheios à nossa presença. Dois pinguins Gentoo cortavam a água como torpedos. Alguém achou que viu um pinguim-imperador, mas Martín deu de ombros e disse “quem sabe na próxima”.
Ainda lembro daquele momento no convés, quando tudo ficou silencioso, só o som das asas batendo e das ondas batendo no casco. Não é nada dramático — só ar gelado e animais selvagens vivendo seu dia enquanto a gente, todo agasalhado, tentava não deixar as câmeras caírem. Então, se você busca um cruzeiro luxuoso, esse não é o passeio. Mas se quer sentir Ushuaia do mar, com um guia local que realmente se importa, esse tour de pinguins pelo Canal de Beagle é o mais próximo que vai chegar.
A navegação completa leva várias horas, com paradas em várias ilhas; espere meio dia no total.
Sim, o catamarã conta com banheiros disponíveis para os passageiros.
Sim, todas as áreas são acessíveis para cadeirantes e bebês ou crianças pequenas podem ir com carrinhos.
Você pode ter sorte e ver pinguins-imperadores, mas os pinguins-magalhães e Gentoo são garantidos.
Não há traslado do hotel; a navegação começa no porto de Ushuaia, mas todas as taxas portuárias estão incluídas.
Provavelmente verá leões-marinhos, albatrozes, cormorões, gaivotas e outras aves marinhas, além de possíveis golfinhos.
Não inclui almoço; leve lanches se quiser, pois só são oferecidos guia e navegação.
Seu dia inclui navegação guiada por especialistas locais a bordo de um catamarã moderno com todas as taxas portuárias cobertas; há banheiro a bordo para seu conforto durante a viagem entre o porto de Ushuaia e a colônia de pinguins da Isla Martillo, retornando com conforto pelo Canal de Beagle.
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